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Produção conjunta: Linde e Still

Por Redacción el 12 de agosto de 2004 a las 13h47 (atualizado em 02/05/2011 às 12h06)

Produção conjunta: Linde e Still

Duas gigantes alemãs do setor de equipamentos para movimentação, a Still GmbH, com sede em Hamburgo, e a Linde Material Handling, de Aschaffenburg, anunciaram ontem seu projeto de produzir máquinas conjuntamente no Brasil. A produção será feita na fábrica que a Still já possui no Rio de Janeiro, que opera desde 2001. Já a Linde ainda não tem produção no País. Pelo acordo, a fábrica – que começa a produzir modelos de ambas em janeiro de 2005 – terá nova razão social, passando a chamar-se Empilhadeiras Sul-Americanas S/A. A Linde está no Brasil com operações comerciais desde 1998 e a Still, desde 1999.

As duas deixam claro, contudo, que continuam a atuar comercialmente de forma separada. Assim, as áreas de vendas, pós-vendas, além dos setores de usados e locação continuam totalmente separados e concorrentes. De acordo com Ruy Piazza Filho, presidente da Still do Brasil, o intuito da parceria é unificar engenharia e componentes, dando maior volume à fábrica e maior produtividade, redundando em custos menores ao consumidor final. "Vamos ratear nossos custos fixos de uma forma mais racional, dando à fábrica maior competitividade no mercado nacional", disse o presidente.

Já para a Linde, o acordo representa um aumento significativo de market share, conforme explicou Christopher Dühnen, diretor da Linde Material Handling do Brasil: " É uma tendência forte do mercado nacional ter a produção local, o que acaba protegendo as máquinas das mudanças de câmbio e outras influências externas. Além disso, a área de pós-vendas fica mais competitiva, já que grande parte das peças terá produção nacional, garantindo o abastecimento do mercado".

A fábrica irá passar por reformas e mudança de layout de linhas para o início da produção conjunta. Os investimentos serão feitos pelas duas marcas, mas o total a ser investido não foi divulgado. A fábrica da Still produziu, no ano passado, 460 unidades e calcula-se que, com as otimizações de linha e processos, a unidade possa alcançar um volume de 1.100 unidades/ano.

Alguns processos mais básicos serão idênticos para ambas e outros serão separados. Portanto, os produtos não serão idênticos. A tecnologia de informação e os motores das máquinas continuarão sendo importados. "Ou seja, o cérebro e o coração das máquinas não serão fabricados aqui", conforme as palavras de Peter Rode, diretor para a América do Sul da Still.

Os modelos que serão produzidos no Brasil são basicamente iguais para ambas: a Linde irá fabricar dois modelos de empilhadeiras retráteis, dois de transpaletes – um para operador a pé e outro a bordo, um modelo de empilhadeira patolada e um selecionador de pedidos horizontal que, segundo Dühnen, atendem a mais de 95% do mercado de máquinas elétricas. Já a Still produz hoje no Brasil dois modelos de máquinas retráteis, dois de paleteira elétrica, para operador a pé e a bordo, e uma selecionadora horizontal de pedidos. Além desses, a empresa está lançando no Brasil novos modelos de paleteira para homem a bordo e de selecionadora horizontal de pedidos.

Com a nacionalização de cerca de 65% dos componentes, as máquinas passam a ter os benefícios do Finame, com vantagens fiscais na compra. A produção irá atender aos mercados brasileiro e sul-americano, onde ambas atuam.

A produção tem também um caráter estratégico para as duas marcas na região. O Brasil é um mercado importante, representando cerca de 56% do mercado sul-americano de empilhadeiras, o que o torna opção natural para sediar as operações de fabricação. Além disso, a região exige produtos projetados e adaptados às suas características, daí a necessidade da fabricação local. Em 2003, a América do Sul consumiu 6.466 máquinas.

De acordo com dados da WITS, organização internacional que reúne os dados de mercado da Europa, Ásia e América do Norte, além do Brasil, o mercado nacional consumiu, em 2003, 1.580 máquinas elétricas, sendo que a Still participou com 39% deste mercado e a Linde, com 10%; no primeiro semestre de 2004, foram vendidas 878 máquinas, e a previsão para o final o ano é de 1.800 máquinas, com participação de 50% da Still e 4% da Linde no share. Já a previsão para 2005 é que sejam comercializadas cerca de 2.000 máquinas no País, com a Still participando em 50% e a Linde, em 15%, um aumento significativo causado principalmente pelo início da fabricação no País. Os dados são relativos ao número de ordens de pedidos recebidos pelas fabricantes.

www.lindeempilhadeiras.com.br
www.stillbrasil.com.br

LEIA MAIS SOBRE O ACORDO ENTRE LINDE E STILL NA EDIÇÃO DE SETEMBRO DA REVISTA TECNOLOGÍSTICA

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