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MAN AG compra Volkswagen Caminhões e Ônibus

Por Redacción el 15 de diciembre de 2008 a las 17h33 (atualizado em 18/04/2011 às 12h14)

Transação foi de 1,17 bilhão de euros; marca Volkswagen será mantida

Foi anunciada nesta segunda-feira, em São Paulo, a venda da Volkswagen Caminhões e Ônibus, que envolve operações em toda a América Latina, para o grupo alemão MAN AG. O valor da transação foi de 1,17 bilhão de euros, pagos em dinheiro, por 100% das ações à Volkswagen AG, que também é acionista da MAN. Dessa forma, a Volkswagen concentra-se na produção de automóveis e veículos comerciais leves e a MAN, que tem 68% de suas vendas centradas na Europa Ocidental, amplia sua atuação mundial, entrando no mercado latino-americano, como parte de sua estratégia de investir nos BRICs (acrônimo para Brasil, Rússia, Índia e China). Dos quatro mercados, o Brasil era o único em que a empresa ainda não atuava com a divisão de Ônibus e Caminhões.

Não estão previstas mudanças na gestão da empresa no Brasil, que continuará sob a presidência de Roberto Cortes, que se reportará diretamente a Häkan Samuelsson, CEO da MAN. A Volkswagen Caminhões e Ônibus passa a ser uma empresa do Grupo MAN já a partir de 1º de janeiro próximo e espera-se que a transação seja efetivada ainda no primeiro semestre de 2009.

A divisão Truck & Bus da VW produz desde 1996 na fábrica de Resende (RJ), considerada uma das mais modernas do mundo e que trabalha em um consórcio de sistemistas, em que os fornecedores entregam, não as peças, mas sistemas completos, diretamente na linha da montadora. Os dois executivos garantiram que o sistema vai continuar, muito embora a MAN opere de forma diferente em outros mercados. Quanto à verticalização da produção, já que a MAN também é uma grande fabricante de componentes, como motores, eixos e caixas de transmissão, eles disseram que isso ainda será estudado, mas que é “uma opção para o futuro”.

De acordo com Samuelsson, há uma lógica por trás desta aquisição, já que a Volkswagen agora fará parte de um grupo que tem os caminhões e ônibus como parte de seu core-business, o que certamente alavancará a marca que, garantiu, será mantida por tempo indeterminado. “Além disso, a MAN se beneficiará da rede da Volkswagen na região para oferecer seus produtos, e a Volkswagen tirará vantagem dos mais de cem países em que a MAN opera, para onde seus produtos poderão ser exportados. Enfim, são várias as sinergias e ganhos de escala que ajudarão na expansão dos negócios na região”, enumerou o CEO, prevendo que estas sinergias gerem cerca de 50 milhões de euros ao ano.

A transação trará uma nova gama de produtos ao mercado brasileiro e latino-americano, e a idéia é complementar a linha já comercializada pela VW com os produtos da MAN, que vai desde caminhões leves, médios e pesados das séries TGX, TGM, TGS e TGL, até veículos militares e chassis de ônibus. O grupo produz também motores ferroviários e geradores de energia, entre outros. Já a Volkswagen é líder de mercado no Brasil para caminhões acima de cinco toneladas de peso bruto total e está presente em 30 países com seus produtos, compostos pelos caminhões Constellation, Delivery e Worker, cobrindo uma gama de 5,5 toneladas a 57 t de PBT, além de uma ampla gama de chassis de ônibus.

Nada de crise
Samuelsson garantiu que a crise não apressou nem teve relação com a transação, que, segundo ele, já vinha sendo discutida “há alguns meses”, embora não especificasse quantos exatamente. “Queríamos estar neste mercado, que tem grande potencial de crescimento, e achamos que agora era um bom momento. E achamos uma marca top-line, o que facilita nossa entrada na região. Isto não seria possível através de um crescimento orgânico. Por isso, achamos que a compra era uma boa opção, mesmo considerando a crise, que deve causar algum impacto no curto prazo. Porém, temos que pensar no longo prazo e esta é uma decisão que vem sendo tomada há tempos”, disse o CEO.

Cortes complementou dizendo que a empresa acredita que a crise é momentânea, e que não altera investimentos previstos. A Volkswagen havia anunciado há pouco tempo investimentos de US$ 500 milhões para os próximos cinco anos na ampliação da linha de Resende, visando crescimento da produção, além de inversões em novos produtos e tecnologias. “Isto será revisto, mas a princípio os investimentos serão mantidos”, disse Cortes.

O presidente garantiu, também, que não estão previstas demissões entre os cerca de cinco mil funcionários da Volkswagen Caminhões e Ônibus em Resende, dos quais 600 são empregos diretos. “Pelo contrário, pois vemos grandes possibilidades de ampliação de nossos negócios”, assegurou Cortes.

Em 2008, a divisão Truck & Bus da VW deve fechar o ano com 54 mil unidades produzidas, das quais 8.500 são chassis de ônibus e nove mil para a exportação. Já a MAN, com base em Munique, é uma empresa de 250 anos, completados em 2008, com vendas anuais de aproximadamente cem mil unidades e faturamento de 14 bilhões de euros, com cerca de 50 mil empregados em todo o mundo.

www.vwcaminhoes.com.br

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