McLane adquire entreposto no Rio de Janeiro

Operadora adquire CD da Columbia por R$ 35 milhões para atuar como entreposto da Zona Franca de Manaus

A McLane Supply Chain Solutions divulgou neste mês de novembro, a compra da Resende Armazéns Gerais e Logística da Amazônia S.A (RAGLA) – situada na cidade de mesmo nome no estado do Rio de Janeiro –, empresa integrante do Grupo Columbia, por R$ 35 milhões. Segundo Ozoni Argenton Júnior, diretor de Operações da McLane, o novo negócio faz parte do projeto de expansão da companhia, que pretende atuar como entreposto da Zona Franca de Manaus, distribuindo produtos industrializados – a maioria carga fracionada – daquele pólo, a partir do Rio de Janeiro. “Essa atividade estava fora do foco da Columbia, mas interessa muito à McLane porque reforça nossa estratégia de incrementar o faturamento em 25 %”, comenta.

Mas a iniciativa tem outros benefícios. Como a negociação envolve uma concessão entre os Governos do Amazonas e do Rio de Janeiro e a Columbia, a McLane passa a ter autorização para operar no regime de entreposto da Zona Franca, do estado amazonense, até dezembro de 2023 (a RAGLA iniciou essa atividade em 2002), bem como de cuidar dos contratos firmados com empresas expoentes, em especial do segmento de eletroeletrônicos, entre as quais Philips, Pioneer e Sony. Segundo Argenton Jr., “outro diferencial, é a facilidade de distribuição dos produtos para os mercados do sul e sudeste do Brasil. “Sem contar a atrativa logística fiscal das mercadorias, com a suspensão de ICMS por até 180 dias”, detalha o executivo.

A unidade de Resende está situada em um terreno de 100 mil metros quadrados, dos quais 20 mil metros quadrados são áreas de armazenagem divididas em três estruturas, um pátio e mais 50 mil metros quadrados de área livre para expansão. Para o executivo, todo processo de integração de estruturas empresariais demora, em média, dois anos. Neste prazo, a McLane pretende implementar um projeto de melhorias e modernização da estrutura, e também em ferramentas de tecnologia da informação – investimentos integralizados no valor do negócio. A unidade já é certificada pelo processo ISO 9001-2000, o que reafirma uma gestão de qualidade da administração anterior. “Como o entreposto foi adquirido integralmente, todos os 130 funcionários e os 30 clientes em operação serão mantidos.”

Previsões

Segundo Argenton Jr., a McLane vai continuar com o plano de investimentos programados para o período de 2008-2010, o que permite que a empresa atinja seu objetivo principal de ser reconhecida no mercado não apenas como uma operadora logística, mas como uma integradora de soluções. “Nosso faturamento para este ano deve crescer uma margem de 20%. E no próximo ano, a expectativa é de atingir a meta de 15%, isso já com as revisões feitas pela companhia, em nível global, por conta da crise”, detalha.

Para ele, o impacto será sentido mais no segundo trimestre de 2009, depois o mercado retomará pouco a pouco seu ritmo. “Vamos manter as programações iniciadas com novidades para o Nordeste e também para Manaus”, antecipa. A primeira notícia está relacionada com o início de um novo projeto junto a uma grande empresa de bens de consumo – que o executivo ainda não pode comentar devido às negociações –, cujo prazo está previsto para fevereiro próximo. Já a outra novidade diz respeito à expansão da unidade de Manaus. Vale lembrar, ainda, que a McLane está também com um contrato spot em curso, iniciado em novembro, com a Santa Teresa Papel e Celulose (Santer), numa área de 15.700 metros quadrados, locada junto a Marabraz, em Cajamar (SP), pelo prazo de doze meses – negócio não detalhado.

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