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Santa Fé aposta em novos produtos para crescer

Por Redacción el 8 de septiembre de 2008 a las 16h57 (atualizado em 10/05/2011 às 14h31)

Fabricante desenvolve novos produtos como os vagões gôndola e sider para abrir novas frentes no mercado ferroviário

Para suprir as demandas cada vez mais diversificadas, a Santa Fé Vagões vem aumentando sua oferta de produtos, com o desenvolvimento de novos equipamentos, como o vagão gôndola tipo GDT – em fase de acabamento – e o modelo sider, encomendado pela Votorantim Celulose e Papel e que ficará pronto em dezembro.

O vagão gôndola tipo GDT é um equipamento dual (duas unidades acopladas entre si por uma barra), que atinge 19,6 metros de comprimento. Cada vagão tem capacidade para carregar 111 toneladas de produtos quando operados na bitola de 1,6 m, mas que também pode ser fornecido também para operar em bitola métrica. “O diferencial deste lançamento é que ele foi projetado para descarregar no sistema de car-dumper, que permite a liberação da carga nas duas unidades, simultaneamente”, comenta Antonio Giudice, presidente da empresa.

Até dezembro mais 278 unidades do modelo sider, com portas de lona laterais, serão entregues para a Votorantim Celulose e Papel (VCP). “Esse é um projeto inédito no Brasil para o transporte de celulose. Se no rodoviário as vantagens operacionais são notáveis, no ferroviário a produtividade é muito maior”, comenta. Cada vagão desse tipo pode carregar mais de 60 toneladas em bitola métrica, o equivalente a duas carretas – como uma locomotiva pode puxar até 80 desses vagões a operação ganha vulto. O sider é feito em lona impermeável, que se abre de forma sanfonada, deslocando-se horizontalmente e abreviando o tempo de carga e descarga de todos os tipos de produtos embalados.

Segundo o executivo, um fator que pesa favoravelmente e ajuda a alavancar as vendas é que, pelo fato de os equipamentos serem nacionais, as compras podem ser realizadas através do Finame – uma das modalidades de financiamentos mais vantajosas do mercado brasileiro –, ferramenta que permite a aquisição de grandes lotes a custos mais equânimes.

Mercado
A Santa Fé foi criada há três anos – fruto de uma joint venture entre a América Latina Logística do Brasil (ALL) e a Millinium Investimentos –, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, produz atualmente cerca de 1.000 vagões de um total de 4.500 fabricados no mercado nacional. “Como a empresa já nasceu com princípio logístico, acompanhamos as tendências do mercado e procuramos suprir às necessidades específicas de cada segmento com produtos sob medida, por isso mantemos um portfólio com 16 tipos diferentes”, comenta. O suporte tecnológico é feito pela Besco, fabricante tradicional da Índia.

No primeiro ano de atuação, a Santa Fé começou animada porque o mercado tinha uma demanda para sete mil vagões e somente ela conseguiu produzir cerca de 500 unidades, a maioria do tipo hopper. No ano de 2006 o mercado regrediu para 4.500 unidades e a Santa Fé, que estimava fabricar entre 1,2 mil a 1,5 mil  unidades por ano, apresentou volume abaixo de 1.000. A explicação de Giudice para esta queda está relacionada com o fato de que, há três anos,  havia uma demanda reprimida no setor que foi suprida em pouco tempo. “A indústria ferroviária permaneceu tímida durante muito tempo e, quando a ferrovia  começou a se reorganizar, o mercado comprou acima da expectativa, provocando uma bolha de consumo”, comenta.  Neste período de retração, a Santa Fé passou a incrementar os negócios de reformas e adaptação de vagões e a fabricar material rodante. Essa atividade é desenvolvida na nova fábrica de Campinas, SP, da empresa, inaugurada no ano passado – no período  foram adaptadas mais de 500 unidades.

Segundo Giudice, o maior comprador de vagões do país atualmente é o segmento de minérios. Em segundo lugar vem o setor graneleiro;  em terceiro o transporte de combustível (neste ano foram entregues 90 vagões-tanque para a ALL); e em quarto, o de carga conteinerizada.  “A tendência é que teremos um aquecimento no próximo ano por conta do aumento das exportações de minérios e de outras commodities, como as agrícolas. Além disso, novas ferrovias entrarão em operação a partir do próximo ano, o que promoverá a demanda por mais equipamentos”, diz.

Outro aspecto positivo é que a Santa Fé está participando de  concorrências internacionais, a maioria da América do Sul.  Uma das ações culminou com o fornecimento de 11 vagões-plataforma, com capacidade para 100 toneladas de carga para a siderúrgica venezuelana Ternium Sidor, por um valor de R$ 3 milhões.

O único senão neste negócio é o aço. “Essa matéria-prima é problemática em todo mundo. Há poucos produtores, o mercado de consumo imenso,  não há como estocar e quando há gargalos, geralmente, eles são globais – não há onde se socorrer”, comenta.

www.sfvagoes.com.br

 

 


 

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