Honeywell adquire a Hand Held Products

Negócio estimado em US$ 390 milhões permitirá a utilização da tecnologia de código de barras em diversas linhas de produtos

A Hand Held, empresa norte-americana do setor de automação voltada à produção de sistemas de coleta de dados baseados em imagem, acaba de ser incorporada à também norte-americana Honeywell, fornecedora de produtos e serviços para diversas indústrias, como a aeroespacial, de automação, de materiais especiais e também a automotiva. O negócio está estimado em    US$ 390 milhões.

Dentro do Grupo Honeywell, a Hand Held fará parte da divisão Security, especializada na área de automação e controle (ACS). “O potencial de crescimento e a sólida posição da Hand Held nos mercados em que atua complementam as nossas soluções sem fio para automação e controle”, afirma Roger Fradin, presidente e CEO da Honeywell. “Há uma enorme oportunidade para nós com esta aquisição, graças à procura crescente pelas tecnologias de leitura e captura de dados, principalmente em indústrias e nas áreas de logística e saúde”, completa Ben Cornett, presidente da Honeywell Security.

Segundo Ary Gouvêa, diretor-geral da Hand Held Brasil, um dos principais pontos a serem ressaltados com a compra da empresa será o acesso da Honeywell à tecnologia de código de barras, inexistente em sua linha de produtos. “Eles trabalham com turbinas de aviões e máquinas pesadas, e essa solução é nova para a empresa”, explica. “Além disso, somos detentores de uma série de patentes de tecnologia de captura de imagens e esta incorporação permitirá à Honeywell incrementar os diversos itens fabricados hoje com essas ferramentas”.

Uma das exigências feitas pela Honeywell para a negociação, acrescenta o diretor-geral, foi manter toda a estrutura mundial da Hand Held em função dos novos negócios estarem completamente fora do escopo em que eles trabalhavam, incluindo a permanência dos atuais executivos em seus cargos.

Mercado brasileiro

Até o final do ano passado, os escritórios da Hand Held no Brasil, nas cidades de São Paulo e no Rio de Janeiro, trabalhavam voltados diretamente para a venda ao usuário final. A partir do término de 2006, passou a adotar uma política de vendas através de uma rede de distribuidores e parceiros. “A nossa função passou a focar o suporte técnico, a realização de operações de marketing e de estreitar relacionamento junto aos grandes clientes”, explica Gouvêa. Segundo ele, a boa aceitação da nova estrutura resultou no crescimento dos negócios e levou à necessidade de mudança para um escritório maior no Rio de Janeiro, no último dia 22 de outubro – hoje, a empresa conta no Brasil somente com a unidade própria na capital carioca e uma rede de distribuidores.

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