A indústria nacional de eletroeletrônicos registrou um crescimento de 13% nas vendas no primeiro semestre de 2023 em comparação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram comercializados 44,02 milhões de unidades este ano ante 39,07 milhões de unidades no mesmo período de 2022, de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
Segundo a entidade, o crescimento registrado no primeiro semestre do ano interrompe um dos piores ciclos do setor, que somava 18 meses de quedas consecutivas. “Se o segundo semestre se mantiver dentro da média histórica de desempenho do segmento, podemos prever um crescimento anual entre 4% e 6% em relação a 2022”, disse o presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento, à Agência Brasil.
Nascimento acredita que os juros continuarão sendo um dos principais obstáculos para a retomada das vendas no setor. Atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está em 13,75% ao ano, impactando especialmente o comércio de produtos de grande porte, como geladeiras, televisores, fogões e máquinas de lavar roupas, que são vendidos majoritariamente financiados.
“Com maior estabilidade na inflação, nos custos das matérias-primas e do frete, reduzir os juros passa a ser uma prioridade para todo o setor produtivo”, destacou Nascimento. “As dificuldades no acesso e o custo do crédito prejudicam a indústria e o varejo”, acrescentou.
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