Empresa dobrou de tamanho nos últimos dois anos
A DHL Express divulgou nesta segunda-feira, em São Paulo, seus números relativos a 2005 e as expectativas para o próximo ano, além dos planos e novos serviços. Nos últimos dois anos, a empresa duplicou de tamanho no Brasil e espera, até 2009, quintuplicar suas operações no País, principalmente com o crescimento no mercado doméstico. Somente no Nordeste, o crescimento da empresa foi de 58% em 2005 em relação a 2004 e o plano é dobrá-lo em 2006.
Para tanto, a empresa anunciou a abertura de novos hubs e novas filiais no País. De acordo com Thais Marca, vice-presidente Comercial da companhia, os hubs deverão ser localizados provavelmente no Recife, em Brasília e em Curitiba. “Hoje, atendemos a 1.500 cidades no Brasil, número que pretendemos dobrar até 2007”, afirmou Fernando Cotarelli, vice-presidente de Operações da empresa.
Além disso, a DHL anunciou a efetivação da mudança de seu Gateway de Viracopos (em Campinas, SP) para o aeroporto de Guarulhos, próximo á capital paulista. Mas, segundo Cotarelli, as operações em Viracopos e no Rio de Janeiro não serão totalmente encerradas.
TI
Para dar suporte e estimular este crescimento, a empresa baseia-se principalmente na informação. Nos últimos dois anos, a DHL Express investiu cerca de R$ 10 milhões em TI para facilitar a cadeia logística tanto no mercado nacional quanto no internacional. Foram lançadas novas ferramentas eletrônicas – DHL Connect, Easyship e E-AWB* – permitindo que quase que 70% dos pedidos de coleta ocorram de forma eletrônica.
A meta é atingir os 90% de solicitações por meio eletrônico até o final de 2006 e, para tanto, a empresa está lançando um novo produto para transmissão móvel de dados, que absorveu investimentos de US$ 800 mil. Com ele, os couriers (entregadores que ficam nas ruas) ganharam novos PDAs com scanners, da Motorola, equipamentos que lêem o código de barras de cada encomenda e transmitem os dados pela rede GPRS (General Packet Radio Service), de alta velocidade da TIM. Anteriormente, o courier coletava os dados com o scanner, mas só os atualizava na rede quando retornava à empresa. “Com a rede da TIM, a entrada dos dados se dá praticamente em tempo real”, afirma Cotarelli.
Outro serviço já disponibilizado é o envio de mensagens SMS para o celular dos clientes, com informações de coleta e entrega, procedimento que também pode ser feito para os couriers em trânsito. Isso diminui o tempo de checagem dos envios de cerca de quatro horas para 15 minutos.
A empresa anunciou ainda o lançamento de uma ferramenta para importação e exportação, o DHL Exporta, para todos os clientes e através do qual todos os documentos exigidos nas operações são enviados eletronicamente para a Receita Federal, que os confere antes da chegada física dos produtos, agilizando os trâmites.
Para 2006, a empresa anuncia investimentos em tecnologia para o monitoramento da temperatura via satélite para cargas refrigeradas. Serão lançadas ainda embalagens refrigeradas para químicos e fármacos, que mantêm a temperatura entre dois e 8ºC ou a 20ºC negativos. Isso evita que os produtos tenham que seguir viagem em caminhões refrigerados, método que não garante a manutenção da temperatura ideal ao longo de toda a cadeia. “A idéia é que o transporte refrigerado não seja mais necessário, uma vez que a própria embalagem manterá a temperatura durante todo o percurso”, explicou Thais Marca.
De acordo com Cotarelli, apesar do custo dessas embalagens ser um pouco maior, o mercado paga por isso, pois dá mais peso à qualidade do que ao preço. “As embalagens podem ainda ser alugadas ou compradas, podendo ser reutilizáveis ou descartáveis, agilizando todo o trâmite das cargas, além de manter a temperatura ideal”. O vice-presidente afirmou ainda que é intenção da empresa lançar produtos específicos para cada tipo de indústria atendida, já que cada uma apresenta características distintas.
Thaís Marca afirmou que a DHL Express Brasil é a maior operação da empresa na região, que engloba ainda o Caribe a América Central e o Cone Sul e é atualmente um dos três grandes destinos de investimentos da empresa, ao lado de China e Índia. Os maiores mercados da DHL, no doméstico, são a indústria high tech, e no internacional as indústrias automotiva e química.
Para 2006, a empresa irá investir cerca de R$ 20 milhões “no mínimo” para dar andamento aos projetos de expansão, e serão lançados também novos produtos para as operações de importação, que vêm crescendo muito no País. Entre as metas de médio prazo da DHL Express está a de equilibrar o peso das operações internas e externas, que hoje são de 20% e 80%, respectivamente, para meio a meio.
*Leia mais sobre esses serviços no:
https://www.tecnologistica.com.br/site/5%2C1%2C16%2C11113.asp