A Libra Terminais concluiu, no início de junho, as negociações com a Companhia Docas de Imbituba para começar a operação de contêineres no porto catarinense. Estas operações serão realizadas pela Libra Terminal Imbituba S.A. O contrato firmado com a Companhia Docas prevê a cessão de uma área de 140.000 m2 para a Libra, em concessão válida até 2012. Foi pago pela empresa à Companhia Docas um adiantamento de uso do espaço no valor de R$ 10 milhões. O novo terminal deve entrar em operação no começo de julho, com capacidade operacional máxima de 800 contêineres por mês. A meta é que, até dezembro, este número seja de 3.000 contêineres/mês.
O Porto de Imbituba está localizado no sul de Santa Catarina, a cerca de 90 quilômetros da capital, Florianópolis, e possui uma área total de 1.500.000 m2. Segundo Álvaro Sávio, responsável pela operação da Libra no Porto de Imbituba, o local foi escolhido após uma pesquisa de mercado na região. "Seguindo a tendência atual, resolvemos nos aproximar mais do mercado do Sul do País, pois avaliamos que existe uma demanda forte. Como os portos da região, Rio Grande e Itajaí, estão ficando saturados, optamos por explorar Imbituba", explica Sávio.
A Libra está reformando seu novo terminal em Imbituba. Em uma primeira fase, está sendo realizada reforma no pátio de contêineres e investimentos em equipamentos. O pátio atual conta com uma área de 25.000 m2, tamanho que será ampliado para 40.000 m2. Junto com a ampliação, está prevista uma reforma no piso (pois o atual não suporta contêineres empilhados), além da colocação de iluminação apropriada, cercas e portões com segurança. Também estão sendo comprados caminhões para movimentação interna, negociados (para aluguel ou compra) dois guindastes MHC, capazes de movimentar 20 contêineres por hora; além de reach stackers. A tecnologia de administração e controle será a mesma utilizada no terminal da empresa em Santos e os dois sistemas estarão interconectados através da internet. Nesta primeira etapa, estão sendo consumidos investimentos de US$ 7 milhões em equipamentos e US$ 1,5 milhão na reforma do pátio, que deve ser concluída até novembro.
Na segunda etapa de obras, a Libra pretende reformar os berços 1 e 2 (a empresa opera os berços 1, 2 e 3 do porto), pois , ao contrário do berço 3, estes dois não possuem estrutura para guindastes MHC. Tal obra está prevista para ser iniciada a partir de novembro, com data de conclusão e custo incertos, pois esta avaliação ainda não foi concluída. Segundo Sávio, uma alternativa para que as operações com o MHC não fiquem indisponíveis nestes dois berços enquanto as obras não são concluídas, seria a utilização de duas barcaças. Os MHC ficariam instalados nas barcaças, que seriam colocadas anexas aos berços. "Uma solução técnica inusitada, porém bem viável", comenta Sávio.
(Aiuri Rebello)