A Nova América S.A., holding que, entre outras atividades, controla um grupo de empresas ligadas ao cultivo, produção e exportação de açúcar, está investindo R$ 60 milhões na ampliação de área de armazenagem e na aquisição de equipamentos para o Teaçu, terminal açucareiro que mantém ao lado do porto de Santos. O objetivo é aumentar as capacidades de recebimento, armazenagem e embarque do produto. Num prazo de dois anos, o Teaçu pretende triplicar os volumes de embarque de açúcar ensacado e a granel. Hoje o terminal embarca 1 milhão de toneladas/ano. Desse total, apenas 6% são do próprio grupo. O restante é proveniente de outros clientes captados no mercado. "Há dez anos o País exportava 1 milhão de toneladas de açúcar. Nesta safra de 2004/2005, foram 14 milhões de toneladas", observa o diretor-superintendente do Teaçu, Renato Gouvêa, acrescentando que o Brasil tornou-se um grande player no comércio internacional de açúcar, que movimenta 43 milhões de toneladas/ano. Especializado no armazenamento e movimentação de açúcar ensacado, o Teaçu se prepara para atender à demanda de clientes que operam açúcar a granel. "Mas teremos condições de escoar e desembarcar outros granéis agrícolas, como trigo e milho", ressalta Gouvêa. A capacidade estática de armazenagem a granel do terminal vai passar de 42 mil toneladas para 170 a 200 mil toneladas. A capacidade de recebimento, hoje na marca de 200 toneladas/hora, vai saltar para 1.600 toneladas/hora, com integração do modal ferroviário ao processo, dividindo o transporte com o rodoviário. Os embarques serão agilizados com a entrada em operação de um ship-loader com capacidade para carregar 2.500 toneladas/hora. Hoje, os dois carregadores existentes têm capacidade para movimentar 800 toneladas/hora de açúcar a granel cada um. "O novo equipamento terá um calado aéreo que permitirá que navios de até 120 mil toneladas atraquem no Teaçu, coisa que que o Porto de Santos não tem condições de receber", destaca o diretor-superintendente.