J&T Express inicia serviço de entregas com drones no Litoral Norte de São Paulo

A J&T Express Brasil, especializada em serviços logísticos, lançou um serviço pioneiro de entregas com drones no Litoral Norte de São Paulo. A iniciativa, em parceria com a startup Speedbird Aero, representa um investimento de R$ 330 mil e visa realizar até 9 mil entregas entre maio e julho, com um volume projetado de 15 mil pacotes entregues até setembro.

O projeto piloto será implementado na rota entre Caraguatatuba e Ilhabela, com capacidade diária para manusear até 150 encomendas. A Speedbird Aero, sediada em Franca (SP), é a primeira empresa brasileira a obter o Certificado de Aeronavegabilidade Especial de Aeronaves Remotamente Pilotadas (CAER), emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Segundo Eduardo Caires, responsável pela Gestão de Redes da J&T Express Brasil, a meta inicial é alcançar uma média mensal de 3 mil pacotes entregues. Os drones partirão da base de operações da J&T em Caraguatatuba e pousarão em um ponto de coleta em Ilhabela, onde entregadores completarão a última etapa do trajeto até a residência do consumidor final.

Após a retirada do volume pelo entregador, o drone retorna automaticamente para Caraguatatuba, otimizando o tempo de entrega. A travessia entre os municípios, que pode levar até seis horas em alta temporada, será reduzida para apenas oito minutos com o uso dos drones.

O uso de drones em entregas logísticas também reduz o tráfego urbano, as emissões de CO2 e amplia o atendimento a áreas de difícil acesso. A iniciativa alinha-se aos princípios da pauta ESG e à logística 4.0, integrando processos por meio da tecnologia e da automação, melhorando os serviços para empresas e consumidores.

Estudos da consultoria Emergen Research indicam que o mercado de entrega por drones, avaliado em US$ 553,6 milhões em 2020, deve movimentar mais de US$ 18,6 bilhões até 2028. A Drone Industry Insights projeta uma taxa de crescimento anual de 13,8% no mercado mundial de RPAs, alcançando US$ 43 bilhões até 2025. No Brasil, o segmento deve gerar US$ 373 milhões anuais, criando novos empregos nas áreas de tecnologia da informação e desenvolvimento de softwares.