A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês para International Air Transport Association) lança no mercado o Dangerous Goods AutoCheck (DG AutoCheck), uma autoverificação de produtos perigosos. A meta com o lançamento é aumentar a segurança e a eficiência no transporte aéreo de produtos perigosos, alinhada ao objetivo do setor de implementar a digitalização total da cadeia logística.
O vice-presidente sênior de Aeroportos, Passageiros, Carga e Segurança da Iata, Nick Careen, conta que o setor de transporte aéreo processa mais de 1,25 milhão de embarques de produtos perigosos por ano. Com a previsão de aumento anual de 4,9% na carga aérea nos próximos cinco anos, o número de embarques de produtos perigosos aumentará significativamente. “Para aproveitar os benefícios desse crescimento, o setor deve adotar padrões modernos e harmonizados que garantam operações seguras e eficientes, principalmente em relação ao transporte de produtos perigosos. A solução DG AutoCheck é um passo importante para alcançar esse objetivo”, diz.
A solução permite que a cadeia de suprimentos do setor de transporte aéreo de carga verifique a conformidade da Declaração de Produtos Perigosos (DGD) do Embarcador com todas as normas e regras relevantes contidas no Iata Dangerous Goods Regulations (DGR). Com a ferramenta, os dados eletrônicos da carga são recebidos diretamente, contribuindo para a digitalização da cadeia. A tecnologia de reconhecimento óptico de caracteres (OCR) também transforma a declaração DGD impressa em dados eletrônicos. Esses dados são então processados e verificados automaticamente usando a versão de dados XML da DGR. A solução DG AutoCheck também ajuda nas decisões dos operadores em terra ou de uma companhia aérea de aceitar ou rejeitar uma carga durante a fase de inspeção física, fornecendo uma representação gráfica da carga com a marcação e a etiqueta exigidas no transporte aéreo.
Segundo o diretor assistente de Segurança e Padrões de Carga da Iata, David Brennan, a DGR tem mais de 3 mil produtos perigosos registrados e cada um deles deve observar os requisitos na DGR quando for embarcado. A versão impressa da DGR tem 1.100 páginas. A verificação manual da conformidade da declaração de cada embarcador e se a carga apresenta as marcas, etiquetas e embalagem corretas é uma tarefa complexa e demorada. “A automação com o DG AutoCheck é um grande passo à frente. A cadeia de suprimentos do setor de transporte de carga se beneficiará com maior eficiência, processos modernos e segurança superior”, acredita o executivo.