O Grupo Tora e a Embaixada da República Argentina no Brasil assinaram um acordo bilateral de cooperação para incentivar os negócios de empresas argentinas com Minas Gerais. Com o negócio, as importações do país vizinho terão desconto de pelo menos 15% no Centro Logístico Industrial Aduaneiro (Clia) – recinto alfandegado – da Tora em Betim (MG).
De acordo com o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, a Argentina foi a terceira fonte de importações de Minas Gerais em 2020, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. No ano passado, as exportações de Minas Gerais para a Argentina foram de US$ 666 milhões e as exportações para o estado, de US$ 534 milhões. “Portanto, a Argentina teve um déficit de US$ 132 milhões. “ meta com o acordo, que foi firmado com apoio da Câmara de Comércio e Indústria Argentina Minas Gerais, é "impactar de maneira expressiva o fluxo de negócios”, destaca.
A Tora, segundo dados divulgados pela companhia, é responsável por aproximadamente 40% das importações via portos secos em Minas Gerais. A companhia possui um Clia na região metropolitana de Belo Horizonte com infraestrutura de 75 mil m² de armazenagem, estrutura para cargas refrigeradas e contêineres e ramal ferroviário interligado aos portos do Rio de Janeiro, Santos (SP) e Vitória. Além disso, a empresa opera aproximadamente 150 carretas permissionadas para realizar o trânsito internacional de produtos entre o Brasil e a Argentina.
De acordo com a presidente da Tora, Janaína Araújo, a expectativa da companhia, ao fechar o acordo de importação de produtos argentinos em Minas Gerais, é elevar em pelo menos 30% os negócios provenientes da Argentina no Clia em Betim.
Ela explica, ainda, que o Clia está inserido em um complexo industrial estruturado para instalação de empresas, facilitando a logística de importação e exportação. Além de entreposto aduaneiro e industrial, a estrutura conta também com regime de armazém geral. Outro diferencial é que, lembra a presidente, o Clia é o primeiro recinto aduaneiro de Minas Gerais certificado pela Receita Federal para atuar como Operador Econômico Autorizado (OEA).
“Isso garante que somos parte de uma cadeia logística internacional ágil e confiável e estamos comprometidos com a qualidade dos nossos serviços e segurança de nossas cargas”, diz Janaína.