Investimento em Costa Lacerda atenderá principalmente ao transporte de minério de ferro proveniente da mina de Brucutu
Como parte do orçamento total de US$ 200 milhões destinados este ano à Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) investiu cerca de R$ 232 milhões na ampliação do pátio ferroviário de Costa Lacerda, da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Localizado na cidade de Santa Bárbara (MG), o novo pátio entrou em operação no mês de julho e é o segundo maior para formação de trens da América Latina, ficando somente atrás do pátio de Tubarão, também administrado pela CVRD.
As obras de ampliação duraram cerca de dois anos e incluíram a construção de duas áreas, com a separação em dois fluxos: uma exclusiva para trens de minério de ferro e outra destinada a trens de carga diversa, como madeira, combustível, calcário, grãos e produtos siderúrgicos. “Haverá uma redução no transit time em torno de 10%, mas o mais importante é o aumento da capacidade de atendimento com a ampliação do pátio”, afirma Eduardo Bartolomeo, diretor-executivo de Logística da CVRD.
O pátio para trens de minério de ferro possui agora cinco linhas ferroviárias, cada uma com aproximadamente sete quilômetros de extensão. “Esta ampliação permitirá a formação e o desmembramento de trens para transporte de minério com até 320 vagões, enquanto hoje nós trabalhamos com 160 a 240 vagões”, explica Marcelo Barros, diretor da EFVM.
A ampliação ocorreu em virtude do aumento da demanda por transporte da mina de Brucutu, que foi inaugurada em outubro de 2006 e cuja produção é exclusivamente transportada via ferrovia pela EFVM. A mina está localizada no município de São Gonçalo do Rio Abaixo, a 93 quilômetros da capital mineira, e deverá produzir 23 milhões de toneladas de minério de ferro este ano – a produção à plena capacidade, de 30 milhões de toneladas, está prevista para 2008. A obra também favorecerá o escoamento de produção das minas de Gongo Seco, Alegria, Timbopeba e Fábrica, todas em Minas Gerais, até agora responsáveis por mais de 50% do transporte de minério realizado pela ferrovia.