Os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, dos Transportes, Renan Filho, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, apresentaram nesta quarta-feira (5) o Plano de Escoamento da Safra 2024/2025. A iniciativa busca reduzir custos logísticos e ampliar a competitividade do agronegócio brasileiro diante da previsão de uma colheita recorde.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção total será de 1.224 milhões de toneladas, sendo 322,47 milhões de toneladas de grãos, com destaque para soja e milho. O plano prevê investimentos de R$ 4,5 bilhões em infraestrutura para o escoamento da produção, valor superior aos R$ 1,98 bilhão aplicados em 2022.
"A safra de grãos, até então, era referenciada apenas pela produção brasileira de grãos. Mas, quem disse que somos limitados a isso? No ano passado, alcançamos 298 milhões de toneladas de grãos. No entanto, a safra brasileira, que circula pelas rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, são mais de 1.200 milhões de toneladas. Esse é o tamanho da nossa demanda agropecuária", explicou Fávaro.
As obras serão integradas ao Novo PAC, com foco na recuperação e ampliação de rodovias federais nos eixos Arco Norte e Corredor Sul e Sudeste, regiões estratégicas para o transporte de grãos. Segundo o ministro dos Transportes, o deslocamento do centro produtivo para o Mato Grosso exigiu adaptações na malha logística.
O governo também aponta a expansão do mercado internacional como um dos fatores que impulsionam os investimentos. Desde o início da atual gestão, foram abertos 325 novos mercados para produtos agropecuários brasileiros. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, a meta estabelecida pelo presidente Lula era de 200 novos mercados ao longo de quatro anos.
O ministro de Portos e Aeroportos destacou a relação entre o agronegócio e o desempenho da economia, citando a retomada da confiança do mercado e a reforma tributária aprovada em 2024 como fatores que criam um ambiente favorável para novos investimentos. O governo também projeta impactos positivos no nível de emprego e renda no setor.