O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, localizado em Confins (MG), e administrado pela BH Airport, anuncia a primeira empresa que irá operar dentro do aeroporto industrial. Trata-se da fabricante de itens eletrônicos Clamper, que vai transferir sua unidade fabril em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para as instalações do aeroporto.
O aeroporto industrial é um projeto inédito no Brasil, que tem como objetivo principal aumentar a competitividade das empresas brasileiras no contexto internacional e atrair investimentos externos para o país. As instalações do primeiro aeroporto industrial do Brasil contam com uma área disponível de 750 mil m². O número de empresas que poderá abrigar depende da área que cada uma demandará, mas a expectativa de atração é de cerca de 250 empresas ao longo dos próximos anos.
Segundo Marcos Brandão, diretor-presidente da BH Airport, assim como a Zona Franca de Manaus foi uma iniciativa inovadora na década de 1960, o aeroporto industrial é um projeto pioneiro que refletirá, principalmente, na consolidação de um ecossistema de desenvolvimento e atração de empresas para todo o Vetor Norte e a Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Temos potencial para receber investimentos privados da ordem de R$ 3,5 bilhões nos próximos anos, considerando a soma dos investimentos de cada uma das empresas que aqui se instalarem. Estamos em uma região estratégica, com localização geográfica privilegiada, que favorece a consolidação de um hub de negócios na região”, avalia.
A Clamper foi fundada em 1991 e oferece ao mercado soluções para proteção de equipamentos eletroeletrônicos contra danos causados por raios e surtos elétricos. A companhia já iniciou o processo de transferência de suas instalações e a previsão é iniciar as operações em julho. “Estamos honrados de ser a primeira empresa a se instalar no aeroporto industrial. A Clamper sempre teve interesse em participar do projeto, desde que ele começou a ser pensando, há dez anos”, destaca Ailton Ricaldoni Lobo, fundador da companhia e presidente do Conselho de Administração da Clamper.
O executivo explica que a proposta prevista para o aeroporto industrial evoluiu muito e é exatamente o que ele buscava no mercado. “Agora, temos à disposição uma prestação de serviços e soluções logísticas de acordo com a nossa necessidade. É algo diferenciado. Sabíamos que o nosso produto tinha aderência para estar nesse ambiente e não tenho dúvidas que é um casamento com futuro promissor”, finaliza.