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Pesquisa CNT indica piora na qualidade das rodovias brasileiras

Foram avaliados 105.814 km de vias, e 61,8% foram consideradas regulares, ruins ou péssimas
Por Redacción el 9 de noviembre de 2017 a las 14h58

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou os resultados da 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, que tem como objetivo avaliar as características das rodovias pavimentadas brasileiras, levando em conta o pavimento, a sinalização e a geometria das vias.

De acordo com a CNT, na avaliação feita em 2017 houve uma queda na qualidade do estado geral das rodovias, com a classificação regular, ruim ou péssima chegando a 61,8%, enquanto em 2016 o índice era de 58,2%. A porcentagem de rodovias consideradas em bom ou ótimo estado foi de 38,2, índice que havia chegado a 41,8% no ano passado.

A sinalização das vias foi o que mais se deteriorou. O percentual de rodovias com sinalização ótima ou boa caiu para 40,8%, enquanto no ano passado 48,3% haviam atingido esse patamar. Já a geometria das vias manteve o mesmo resultado do ano passado: 77,9% da extensão das rodovias tiveram sua geometria avaliada como regular, ruim ou péssima, e apenas 22,1% tiveram classificação boa ou ótima.

“A queda na qualidade das rodovias brasileiras tem relação direta com um histórico de baixos investimentos em infraestrutura rodoviária e com a crise econômica dos últimos anos”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade. Em 2011, os investimentos públicos em infraestrutura rodoviária foram de R$ 11,21 bilhões. Em 2016 esse número caiu para R$ 8,61 bilhões e, em 2017, até o mês de junho haviam sido investidos apenas R$ 3,01 bilhões.

Segundo o Plano CNT de Transporte e Logística, para dotar o país de uma infraestrutura rodoviária adequada à demanda nacional, são necessários investimentos da ordem de R$ 293,8 bilhões. A 21ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias avaliou 105.814 km, um acréscimo de 2.555 km em relação ao trabalho feito em 2016. Ela foi realizada em 30 dias, por 24 equipes de pesquisadores, com cinco equipes de checagem.

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