A Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) se posicionou em relação ao veto recente da Presidência da República ao Projeto de Lei 334/2023, que propunha a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos até dezembro de 2027 para 17 setores, incluindo o de transporte rodoviário de carga. Com presença em todos os estados brasileiros e um expressivo número de instalações, a Abol é responsável por gerar aproximadamente 2 milhões de empregos no Brasil, entre diretos e indiretos.
A manifestação da Abol ressalta que, sob a perspectiva de custos, a contratação sob o regime CLT se tornou economicamente mais vantajosa nos últimos anos em comparação com a contratação de terceiros. Os gastos com mão de obra representaram, em média, 31% do faturamento dos Operadores Logísticos entre 2021 e 2022.
Impacto negativo do veto na saúde financeira e empregos
A desoneração da folha de pagamentos, vigente na última década, trouxe benefícios comprováveis para a saúde financeira dos Operadores Logísticos, segundo a Abol, que destaca que o planejamento para 2024, elaborado pelas empresas, será impactado significativamente caso a prorrogação não ocorra. O levantamento entre os associados indica que, com o veto, todos reformularão seus planos para novas contratações, visando à redução.
A associação alerta para a possibilidade de cancelamento de novos projetos, renegociação de contratos, não abertura de novas vagas e demissões. Os efeitos da não prorrogação são previstos em cascata, afetando não apenas os Operadores Logísticos, mas também a qualidade dos serviços logísticos oferecidos à cadeia produtiva e ao consumidor brasileiro.
Diante desses impactos negativos, em nota, a Abol pediu ao Congresso Nacional que derrube o veto ao PL 334/2023. A associação destaca a importância da medida para a saúde financeira dos Operadores Logísticos, a manutenção dos empregos existentes e daqueles projetados para 2024, bem como para a qualidade dos serviços logísticos prestados no Brasil.
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