O estaleiro, batizado de Guarujá II, possui um dique seco com 26 metros de boca e 145 m de comprimento. Com essas dimensões, será possível construir uma gama de embarcações maiores e mais complexas, entre elas as de suprimento para plataformas de petróleo, PSV (Platform Supply Vessels), as de movimentação e posicionamento de âncoras e rebocagem oceânica, AHTS (Anchor Handling Tug Supply), as de lançamento de tubulação e cabos submarinos, PLSVS (Perforator Ligation and Saphenous Vein Stripping), pesquisa e exploração, ROVSV (Remotely Operated Vehicle Support Vessel), e recolhimento de óleo, ORSV (Oil Rig Supply Vessel).
Segundo o vice-presidente de Estaleiros, Rebocadores, Offshore e Agenciamento da Wilson Sons, Arnaldo Calbucci, no Guarujá II a capacidade de produção é de 5.500 toneladas/ano. Isso significa que haverá espaço para construir, em média, quatro navios de apoio offshore e até seis rebocadores por ano.
A primeira embarcação construída na unidade inaugurada ontem, um PSV série 4.500, deverá ser entregue à Wilson Sons Ultratug Offshore no próximo mês de julho. A companhia também iniciou a construção de um ROVSV encomendado pela Fugro Brasil, que será entregue no início de 2014. Até o final de 2013 serão industrializados quatro PSVs e quatro rebocadores. Calbucci calcula que o investimento para a concepção destas embarcações ultrapassa mais de US$ 200 milhões.
Serviços
Além da construção, a nova unidade está apta a realizar reparo nas embarcações graças à construção do dique seco. O mercado tem potencial. O diretor-executivo da Wilson Sons Estaleiros, Adalberto Souza, conta que existem no Brasil hoje mais de 400 embarcações offshore e 200 rebocadores. “Os serviços de manutenção e docagem estão em pleno crescimento. Teremos condições de atender a nossa própria frota e ainda de terceiros”, explica.