Portos secos da empresa instalados em Santos e no Guarujá recebem investimentos e se transformam em Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros
A Mesquita Soluções Logísticas obteve, no último dia 17 de novembro, a licença e alfandegamento para transformar seus portos secos instalados em Santos e no Guarujá (SP) em Centros Logísticos e Industriais Aduaneiros (Clias). A nova denominação é proveniente da Medida Provisória 320/06, que trata de temas relacionados aos locais e recintos alfandegados.
A MP altera o modelo jurídico dos locais de armazenagem e movimentação de mercadorias destinadas à importação e exportação. Antes dela, os portos secos eram explorados pela iniciativa privada sob o regime de concessão. Com a criação dos Clias, a expectativa da Mesquita é de que haja maior visibilidade e clareza das responsabilidades aduaneiras.
Isso porque, os portos secos da região funcionavam sob liminar judicial, traçando um panorama de indefinição que impedia os investimentos. Para o diretor Comercial e de Marketing da empresa, Ricardo Molitzas, o licenciamento concedido à Mesquita fará com que a companhia retome os investimentos nos dois locais.
A licença foi concedida uma vez que a Mesquita atendeu às exigências iniciais, que entram em vigor dia 1° de dezembro, para a exploração dos Clias. Molitzas cita duas implementações. “Nós já emitimos credenciais de acesso às unidades e reforçamos o controle de entrada e saída de mercadorias e veículos”, garante.
Vale ressaltar, contudo, que a Mesquita ainda terá de se adequar a outras exigências. Um dos pontos fundamentais está relacionado à segurança, que demanda investimentos, por exemplo, em Raio X ou scanner para inspeção não-invasiva de unidades de carga – contêineres, vagões e caminhões – capaz de inspecionar no mínimo 25% da movimentação de entrada e saída; espectrômetros de massa, laboratórios para aferição, pessoal qualificado, tecnologia digital para balanças e sistemas informatizados de controle de movimentação.
O diretor conta que a empresa investirá, também, em alterações na estrutura física das unidades, pois a mudança para Clia exige novas áreas de armazenagem que proporcionem mais rigor à separação de cargas. Ao todo, Molitzas calcula que a Mesquita investirá US$ 4,5 milhões nas adequações. “Em um ano todas as mudanças estarão concluídas”, acredita.
Leia na íntegra a proposta
http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=332780