São Paulo recebe congresso que discute a cadeia do frio na América Latina

A cidade de São Paulo recebe, a partir de hoje, dia 16 de outubro, autoridades e líderes globais ligados à cadeia do frio para debater o potencial e os desafios do segmento nos países da América Latina. O Congresso da Cadeia do Frio da América Latina 2012, que acontece no hotel Hilton Morumbi, no bairro do Brooklin Novo, se estende até amanhã, dia 17 de outubro.

As atividades tiveram início às 14 horas, com um breve discurso de boas-vindas do presidente da Global Cold Chain Alliance (GCCA), Bill Hudson, e do presidente da Associação Brasileiras da Indústria de Armazenagem Frigorificada (Abiaf), Adriano Rocha. Ambas as entidades são organizadoras do evento. “Estamos aqui hoje para compartilhar as melhores práticas para a cadeia do frio”, disse Hudson, lembrando que o Brasil foi o país escolhido para sediar o evento por se tratar de uma economia em ascensão, especialmente no setor agrícola, produtor de grande parte das cargas movimentadas pela logística refrigerada e frigorificada.

Em seguida, o diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Fabio Fonseca, apresentou um panorama geral da economia dos países da América Latina, com o objetivo de fornecer aos executivos presentes no evento, em sua maioria norte-americanos, mais conhecimentos a respeito de uma região em franco desenvolvimento e que tem sido foco, impulsionada principalmente pelo Brasil, de inúmeros investimentos de empresas do exterior.

Fonseca apresentou informações detalhadas de todos os países latino-americanos, destacando os motivos que fazem com que o Brasil se configure como o maior mercado para potenciais investimentos, como extensão territorial, crescimento da renda per capita e destaque no cenário econômico mundial. Mas o diretor aproveitou a ocasião para apontar os problemas que o país ainda precisa enfrentar para se tornar cada vez mais uma potência mundial, como a burocracia na legislação. Ele alertou os executivos que desejam se instalar em território nacional a respeito das dificuldades impostas pelo governo para o estabelecimento de uma empresa no país.

Após a sessão de abertura, foi a vez do diretor do United States Department of Agriculture (USDA), Frederick Giles, falar a respeito do setor de alimentos, segmento que tem apresentado forte crescimento nas economias emergentes, em especial na América Latina. Giles mostrou dados importantes pertinentes à economia brasileira, como um passo a passo detalhado sobre os processos de importação no país e também uma comparação de preços de alguns produtos de consumo diário no Brasil e nos Estados Unidos. “O Brasil é a bola da vez”, disse o diretor, usando a famosa expressão da língua portuguesa para indicar que a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas faz dos próximos anos o momento ideal para se investir por aqui.

O evento teve continuidade com as apresentações dos executivos das empresas de alimentos Brasil Foods e Marfrig, da Brado Logística, que atua no transporte de cargas conteinerizadas na ferrovia, e da Friozem, operador logístico especializado na cadeia do frio. Os palestrantes falaram a respeito das tendências do mercado nacional, das previsões de crescimento e partilharam suas experiências e cases de sucesso no transporte de cargas frias.

Em paralelo às palestras, o Congresso da Cadeia do Frio da América Latina traz também uma feira com estandes onde o visitante pode conferir os mais novos produtos, soluções e serviços oferecidos pelas principais empresas do mercado. O segundo dia do evento contará com apresentações do presidente da Associação Brasileira de Logística (Abralog), Pedro Moreira, e de executivos de empresas como Pão de Açúcar, Galores e Agroempaques. As atividades serão encerradas com visitas às instalações da Serbom, na capital paulista, e da Friozem, na cidade de Jandira, região metropolitana de São Paulo.