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Reunião do Condesul traça novos caminhos para o transporte no Mercosul

Por Redacción el 4 de mayo de 2006 a las 17h55 (atualizado em 28/04/2011 às 14h02)

Para o presidente da ABTI, foi a melhor reunião da entidade

Reunido em San Carlos de Bariloche, na Argentina, no dia 25 de maio, o Conselho Empresarial de Transporte Rodoviário de Cargas do Mercosul, Bolívia e Chile (Condesul) debateu assuntos importantes e apresentou algumas propostas ao Subgrupo de Trabalho 5 do Mercosul (SGT-5), responsável pelos transportes, que se reuniu na cidade argentina entre os dias 26 e 28. O representante do Brasil no encontro foi Luiz Alberto Mincarone, presidente da Associação Brasileira dos Transportadores Internacionais. “É um momento histórico, pois nunca havia sido feito nada pelo transporte no Mercosul. Esta é a primeira etapa do novo Mercosul”, disse ele.

Para ele, uma das propostas mais importantes foi a que permite a participação da Argentina no tráfego de cargas entre Brasil e Chile. Hoje, os transportadores brasileiros só podem trabalhar com cargas originadas ou destinadas ao Brasil. “Depois de árdua negociação, conseguimos chegar a um acordo”, diz Mincarone. A decisão foi apresentada ao SGT-5 e a esperança do presidente da ABTI é a de que as entidades governamentais de Argentina, Brasil e Chile marquem uma reunião para aprovar a decisão. “Acredito que nos próximos 60 ou 90 dias já teremos uma decisão”, afirma.

Se aprovada, essa decisão pode beneficiar também os transportadores brasileiros, pois vai destravar as limitações existentes. “O que nós queremos amanhã ou depois é poder participar do transporte entre a Argentina e o Chile, por exemplo”, diz Mincarone. Segundo ele, a decisão, se aprovada, será muito significativa. “Está é a etapa incial da evolução do transporte na região em termos de abertura de mercados”, completa.

Também ficou acertada uma reunião extraordinária do Condesul, em Bento Gonçalves (RS), em 6 de julho. A reunião vai coincidir com a 8ª Transpo-Sul, Feira de Congresso e Logística, entre 6 e 8 de julho. Neste encontro serão debatidos dois temas principais. O primeiro são as políticas e rumos do transporte internacional, com o objetivo de traçar rumos e dar segurança aos investidores. O outro tema a ser debatido é a agilização do transporte e a redução de custos. Mincarone reclama da quantidade de intervenções e do tempo perdido nas aduanas e nos postos do ministério da Agricultura, por exemplo. “Um caminhão que faz transporte internacional roda apenas 9 mil km por mês, enquanto um que opera dentro do Brasil faz de 15 a 20 mil”, diz.

Outro ponto importante abordado na reunião foi a divergência nas legislações. Luzes, acessórios, medidas e pesos têm normatizações diferentes em cada país e autoridades paraguaias se comprometeram a fazer um mapeamento das legislações para buscar uma padronização. A capacidade conjunta dos tanques original e suplementar dos caminhões também foi tratada. Enquanto no Brasil essa marca é de 1,2 mil litros, os outros países estão padronizando em 1,5 mil litros.

www.abti.com.br

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