A Global Cold Chain Alliance Brasil (GCCA Brasil) realizou no último dia 2 de dezembro mais uma edição do Congresso Brasileiro da Cadeia do Frio. O evento deste ano contou com a presença de dois vice-presidentes da GCCA, Lowell Randal e Adam Thocher, e do ministro da Secretaria de Negociações Bilaterais e Regionais do Ministério Relações Exteriores do Brasil, João Carlos Parkinson de Castro.
A abertura foi marcada por uma palestra que apresentou um panorama atualizado da indústria global e foi apresentado pelo CEO da GCCA, Matthew Ott.
Já novas tecnologias para a utilização de amônia e CO2 no processo de refrigeração foram descritas no painel sobre ESG na Refrigeração Industrial, que foi aberto por Randal, que agora atua como Senior VP de Relações Governamentais da GCCA. O executivo explanou sobre a Emenda Kigali ligada ao Protocolo de Montreal e sua importância, que define um cronograma de redução da produção e consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs) usados em equipamentos de refrigeração e ar-condicionado.
Transporte marítimo e ferroviário foi bordado nas palestras sobre Meios de transporte na Cadeia do Frio Brasileira, realizadas pelo gerente de Cold Chain da Maersk no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, Leandro Perna, e pelo erente executivo e Comercial para mercado externo da Brado, Vinicius Cordeiro.
O painel Perspectivas dos Clientes, que teve como moderador o diretor-presidente da Friozem, Fábio Galesi Starace Fonseca, demonstrou a visão atualizada da indústria de alimentos e do setor de food service sobre a cadeia do frio brasileira. O diretor de operações da Martin Brower Brasil, Fábio Miranda, e o gerente de Logística Integrada da Frimesa Cooperativa Central, Marcelo Cerino, apontaram as perspectivas de crescimento no cenário pós pandemia.
Consolidar uma rota terrestre entre o Centro-Oeste brasileiro e o Oceano Pacífico, passando pelo Paraguai, Argentina e Chile, foi o tema apresentado pelo ministro Castro na palestra Logística Refrigerada no Corredor Bioceânico: Realidade e Perspectivas Regionais Brasileiras. Como coordenador nacional do Corredor Bioceânico, ele ressaltou as inúmeras vantagens da rota para exportadores e importadores de produtos que precisam de refrigeração.
“Além de criar fluxos comerciais mais ágeis e econômicos, o corredor resultaria na integração territorial até o Pacífico”, diz o ministro
Para embasar a proposta, o ministério contratou um estudo da Universidade de São Carlos (Ufscar) sobre a disponibilidade de unidades capazes de realizar a logística frigorificada nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. A pesquisa, baseada em fontes governamentais e dados da GCCA Brasil, foi apresentada pelos professores Mário Batalha e Marcelo Carrer, do departamento de Engenharia de Produção da Ufscar.
No evento foi entregue, ainda, o prêmio Líder do Futuro GCCA Brasil a Murilo Miglioruci, controller da SuperFrio Logística Frigorificada.
Para finalizar o congresso, o CEO da Körber Suply Chain para Ásia Pacífico, África e América Latina, José Emedio Couto, falou sobre Complexidades Operacionais e Sistemas de Gerenciamento.