Na última quarta-feira, dia 26 de outubro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) expediu uma licença de instalação para que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) realize a dragagem de manutenção dos portos críticos do canal da Galheta. Com isso, a Appa lançará, nos próximos 15 dias, o edital de licitação para a contratação da draga que irá realizar o serviço.
A dragagem deverá custar em torno de R$ 25 milhões e será paga com recursos próprios da Appa. No total, deverão ser retirados cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos das áreas críticas ao longo do canal. A área de despejo ficará 22 km distante do local dragado. A dragagem irá restabelecer a profundidade original do Canal da Galheta, que é de até 15 metros.
No início deste ano, o governo do Paraná determinou que fosse realizada a dragagem emergencial nos berços de atracação, trabalho que não vinha sendo feito há seis anos. Atualmente, a Capitania dos Portos autoriza que navios com calado de até 11 m naveguem pelo canal durante o dia e, durante a noite, navios com calado de 10,8 m. Após a dragagem, navios com até 12,5 m poderão voltar a navegar pelo Canal da Galheta.
Para realizar o serviço, será contratada uma draga autotransportadora do tipo Hopper. O trabalho levará cerca de oito meses para ser concluído. Durante esse tempo não haverá restrições de navegação no canal, fazendo com que os procedimentos de entrada e saída de navios permaneçam inalterados.
Crescimento em Antonina
O Porto de Antonina (PR) registrou em 2011 um aumento de 816% na movimentação de cargas. Em comparação a outubro de 2010, os números passaram de 20 mil toneladas para 1,15 milhão de t em 2011.
“O aumento na movimentação de mercadorias é reflexo da facilidade para que o porto trabalhe. Nosso foco é incentivar o trabalho sem criar empecilhos. E esta postura já tem sido percebida pelos usuários que voltaram a utilizar Antonina”, afirma o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron.
Entre as mercadorias movimentadas, o fertilizante lidera as operações no porto. O terminal é utilizado como alternativa para a movimentação do produto, desafogando as operações em Paranaguá e permitindo que os navios consigam ser atendidos com maior agilidade.
Além de fertilizantes, o porto ainda movimenta açúcar, contêiner e carga geral. “Nossa expectativa é já em 2012 passar a movimentar dois milhões de t de mercadorias em Antonina, chagando a três milhões de t até 2014”, conclui o diretor empresarial da Appa, Lourenço Fregonese.