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Wilson, Sons aumenta capacidade do Tecon Rio Grande

Por Redacción el 2 de octubre de 2008 a las 17h41 (atualizado em 18/04/2011 às 15h48)

Terminal chega a 1.13 milhão de TEUs de capacidade com terceiro cais e novos equipamentos de movimentação

Com investimento de R$ 50 milhões, a Wilson, Sons inaugurou, ontem, dia 1º de outubro passado o terceiro berço de seu terminal de contêineres (Tecon) no porto do Rio Grande (RS), que, aliado aos novos equipamentos adquiridos para movimentação de cargas nos navios e no pátio, amplia em 60% a capacidade do terminal, saltando de 700 mil TEUs para 1,13 milhão de TEUs.

O projeto de ampliação prevê ainda uma nova retroárea, que acrescentará 30 mil m2 aos atuais 240 mil m2 de pátio, que hoje possui 1.250 tomadas para contêineres refrigerados, cujo número também será ampliado com esse espaço. O cais de atracação ganhou mais 250 metros, passando agora a ter uma extensão total de 850 m, com 12,5 m de calado no canal de acesso (15 m no cais) e 735 mil metros quadrados de área total.

Os novos equipamentos, em operação desde o início do ano, incluem quatro portêneires Post Panamax, que podem operar navios de até 10 mil TEUs, além de quatro RTGs (Rubber Tired Grantry Cranes, ou pórticos sobre pneus), para a movimentação de contêineres no pátio, em substituição aos 15 reach stackers, que continuarão no apoio às operações. Com eles, o terminal ganha cerca de 35% de capacidade no pátio, já que os RTGs permitem um maior adensamento da carga, podendo acessar contêineres no meio da pilha sem a necessidade de remoção daqueles que estão na frente.

De acordo com o presidente da Wilson, Sons, Cezar Baião, a ampliação se deu pela demanda crescente do terminal. “Há dois anos, verificamos que o Tecon estava atingindo seu limite de capacidade, e então resolvemos investir”.

Com a ampliação, o terminal – que é responsável por 99% da carga conteinerizada do porto rio-grandino – poderá receber mais navios simultaneamente, reduzindo a espera fora da barra, aumentando a movimentação e criando mais empregos. O cais pode receber navios de longo curso, feeders e de navegação interior, áreas em que a Wilson, Sons vem investindo. Com os problemas de calado dos portos do Rio da Prata e o crescente aumento do tamanho dos navios, a empresa prevê que Rio Grande se transformará em um hub port para o Mercosul, concentrando as cargas e distribuindo-as por navios menores, os chamados feeders.

A empresa investe também, com o apoio do estado do Rio Grande do Sul, na navegação interior por meio de barcaças, havendo já uma linha regular entre Rio Grande e Porto Alegre pela Lagoa dos Patos, modal que movimenta hoje entre mil e 1.200 contêineres por mês, de acordo com o diretor do Tecon Rio Grande, Paulo Bertinetti. “Queremos triplicar este número, principalmente com o transporte de frango e tabaco, hoje os dois principais produtos de exportação do porto. Além do custo reduzido e de ser ambientalmente mais amigável, a barcaça permite que se leve duas toneladas a mais no contêiner em relação ao transporte rodoviário, já que não passa por balanças, com a vantagem extra de não pagar pedágio”, ressalta o diretor, afirmando que está nos planos a construção de um berço dedicado para barcaças, mas ainda sem prazo estipulado.

Além deste modal, a Wilson, Sons quer ampliar a utilização da ferrovia. Hoje, o terminal é atendido por um ramal da ALL, responsável pela movimentação de cerca de 4% das cargas do Tecon, um número ainda baixo. “Já estamos em negociação com a ALL para a construção de um terminal no centro do estado, para consolidar cargas para Rio Grande, aumentando a atração do terminal” afirma Baião.

Mais cargas

As principais cargas movimentadas pelo porto na exportação são o tabaco (26%), o frango (18%) e as carnes congeladas, com 5%. Já na importação as cargas principais são resinas, partes e peças. O terminal é principalmente exportador, atividade responsável por cerca de 80% da movimentação. De acordo Sérgio Fisher, diretor de Terminais e Logística da Wilson, Sons, o aumento do dólar pode ser favorável a Rio Grande, pois torna competitivas novamente commodities gaúchas que haviam perdido espaço na pauta de exportações devido à valorização do real frente à moeda norte-americana.

Devido ao perfil de cargas que movimenta, com grande participação de congelados, o Tecon Rio Grande leva desvantagem em relação aos portos catarinenses, que contam com armazéns frigorificados, permitindo aos produtores avançar o estoque para mais perto dos portos. Pensando em aumentar a atração de cargas para o Tecon, a Wilson, Sons está fazendo um estudo de viabilidade, levantando a demanda desde o Paraná até o Rio Grandes do Sul, de cargas que poderiam vir para o terminal gaúcho. “Queremos entrar neste mercado, seja com armazéns próprios, seja por meio de parcerias com terceiros, opção a que damos preferência, por se tratar de uma atividade que não é nossa especialidade. Estamos abertos à propostas”, anunciou Baião, dizendo que espaço não é problema no local.

O Tecon Rio Grande foi licitado em 1996 e o prazo previsto em contrato para conclusão das obras de ampliação do cais era até 2012, mas foi antecipado devido à demanda. Para se ter uma idéia, em 1997 o terminal movimentou perto de 91 mil TEUs de carga; no terceiro trimestre de 2008, o volume já era de 142, 3 mil TEUs.

Desde a licitação, a Wilson, Sons já investiu mais de US$ 100 milhões na ampliação e modernização do terminal, que em 2007 obteve uma receita líquida de cerca de R$ 165,5 milhões, sendo hoje o maior ativo da companhia.

Leia mais sobre a ampliação do Tecon Rio Grande na edição de novembro da Tecnologística

www.tecon.com.br

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