Consultoria, após 15 anos no mercado, finaliza consolidação organizacional iniciada no ano passado
No mercado desde o ano de 1992, anteriormente sob o nome ABPL, a ABGroup promoveu, em meados de 2006, uma mudança no formato de seus negócios. O diretor da empresa, Altamiro Borges, explica que – durante quinze anos – diversas empresas vinculadas à ABPL foram abertas, à medida que a companhia criava oportunidades no mercado. Nesse período, ele lembra, além da ABPL – empresa voltada à assessoria em supply chain e logística – foram criadas a Logsys (tecnologia da informação), a Logcom (eventos corporativos), a Channels (mercado de canais de distribuição), a UND (Universidade da Distribuição, focada em treinamento) e a DN (Desenvolvimento de Negócios).
Em 1998, outra empresa surge devido ao acordo operacional com a consultoria canadense Kom International. “Juntamos as marcas e os negócios para Brasil, Chile, Argentina, Portugal e Espanha. A unidade de consultoria em logística operou alguns anos sob o nome de ABPL Kom”, diz. Hoje, as duas empresas mantêm apenas um acordo comercial, operando em parceria em países como México, Chile e Angola.
Em 2006, Borges promoveu a mudança na estrutura da companhia. “Trouxemos todas as empresas para baixo de uma só empresa e criamos a ABGroup Desenvolvimento de Negócios”, resume. Segundo ele, a nova companhia é focada em negócios e estratégias, mercado e canais de distribuição, cadeia de abastecimento, tecnologia e conhecimento. “Os resultados estão interessantes, mas ainda estamos em processo de consolidação, pois juntamos equipes multifuncionais”, define.
Hoje, a ABGroup conta com 65 colaboradores treinados para oferecer a solução completa de serviços disponibilizados, que atuam através dos escritórios regionais da empresa localizados em Belém, Goiânia, Recife, Salvador, Uberlândia (MG), Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Itajaí (SC). Antes, conta o executivo, cada colaborador chegava ao mercado apenas com o portfólio específico de uma determinada linha de negócios.
Hoje, além de conhecer todo o negócio da empresa, os funcionários são orientados a mostrar de que maneira ela pode atuar no desenvolvimento de um projeto. São quatro os pilares destacados: infra-estrutura (CDs, fábricas, terminais, equipamentos e veículos); recursos humanos (estrutura organizacional, cargos e funções, treinamento); processos (metodologias e manuais); e tecnologia da informação (softwares e empresas que operam as ferramentas). “Um projeto só terá sucesso se tivermos esses quatro pilares constituídos. Abordamos o mercado com essa filosofia”, enfatiza.
O trabalho surte efeito. Borges calcula que a ABGroup trabalhe com mais de 500 organizações, tendo realizado mais de 800 projetos, no Brasil e no exterior. Para isso, a consultoria utiliza algumas ferramentas. A Project Builder, por exemplo, é voltada para o gerenciamento de projetos via internet. A outra ferramenta, a SDDM (Sistema de Diagnóstico e Desenvolvimento de Melhorias), foi desenvolvida internamente e auxilia na realização de auditorias logísticas. Esta ferramenta também permite a visualização dos resultados pela internet.
Associações e segmentos
Hoje, a ABGroup atua em diversos setores da economia e em diversas regiões do país, além de entidades de classe e órgãos governamentais.
Borges ressalta que a empresa prestou suporte, por exemplo, à chegada da Associação ECR Brasil, participando dos comitês de Padronização e de Ruptura. Na Associação Brasileira de Logística (Aslog), a ABGroup faz parte dos comitês de Planejamento Integrado, Gerenciamento de Risco e Movimentação e Armazenagem.
Na Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), a consultoria desenvolveu a Escola Abad de Produtividade, iniciativa que já treinou mais de sete mil pessoas. Na Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o trabalho consistiu no desenvolvimento de oito módulos de treinamento para a Escola Nacional de Supermercados.
Entre os segmentos de mercado, a ABGroup atua no de varejo alimentar, varejo especializado, no setor industrial, de petróleo, de serviços e agronegócio, entre outros. Operadores logísticos e transportadoras também são clientes da empresa, além de órgãos governamentais, inclusive do exterior, como é o caso de Angola.
Perspectivas
Apesar de todas as iniciativas, Borges lembra que a empresa ainda finaliza a reestruturação e unificação dos negócios. “Estamos treinando nossos consultores e consolidando nossas regionais, mas sempre atentos ao mercado”, afirma.
Para o futuro, o executivo prevê a especialização das consultorias em determinados negócios e a relação cada vez mais estreita com o cliente. “Vamos utilizar nossas ferramentas para desenvolver os negócios. Se não aumentou vendas ou não reduziu custos, não valeu a pena”, finaliza.
Relações internacionais também não estão descartadas. Borges divulga que parcerias estão sendo desenvolvidas pela área internacional da empresa. México, Chile, Angola, Argentina e Peru são os países em estudo para o desenvolvimento de parcerias. “Só firmaremos alianças que possam agregar valor aos clientes”, afirma.