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ALL apresenta resultados de 2004

Por Redacción el 28 de febrero de 2005 a las 18h26 (atualizado em 13/05/2011 às 15h52)

O melhor ano da companhia em resultados financeiros, apesar das adversidades. Essa foi a avaliação de Bernardo Hees, diretor-presidente da América Latina Logística – ALL, ao apresentar o balanço de 2004. A ALL tem a concessão da malha ferroviária sul (PR,SC e RS), do trecho ferroviário sul do Estado de São Paulo, das ferrovias argentinas MESO e BAP e atua como operador logístico. O lucro líquido da empresa cresceu 34 vezes em relação a 2003, atingindo R$ 150,6 milhões, e o EBITDA (lucro antes dos juros, imposto de renda, depreciação e amortização), que indica a geração operacional de caixa da companhia, registrou expansão de 30%, chegando a R$ 350,9 milhões.

"Hoje, a companhia apresenta um balanço sólido e com baixo endividamento, o que nos permite assegurar crescimento contínuo mesmo em situações desfavoráveis do mercado financeiro, além de nos deixar confiantes de que podemos ser muito ágeis diante de boas oportunidades de aquisição", disse Hees, ressaltando que, no entanto, há nenhuma negociação desse tipo em andamento.

As adversidades a que o diretor-presidente se refere são a quebra de 20% na safra de soja (um dos principais produtos transportados pela empresa), interrupção de quase 30 dias do tráfego para Paranaguá (a principal rota ferroviária da companhia) e redução do volume de produtos industriais transportados (leia-se combustíveis), devido à paralisação, por três meses, de refinarias de petróleo para manutenção de equipamentos.

A companhia atribuiu a esses problemas os baixos crescimentos de receita e dos volumes totais transportados pela companhia em 2004. Afinal, a quase totalidade da receita da ALL, de R$ 1,084 bilhão em 2004 (apenas 9,4% maior que a de 2003) provém das operações com commodities agrícolas e de produtos industriais (onde se incluem os combustíveis), praticamente com igual participação, restando uma pequena parcela para serviços rodoviários.

Os volumes transportados, por sua vez, tiveram aumento de 6,3%, passando de 17.531 milhões de TKUs para 18.629 milhões de TKUs (tonelada/quilômetro útil).

Para contornar esses obstáculos, a ALL procurou aumentar o market share, ou seja, "capturar mercado para a ferrovia" nas palavras de Hees. Hoje, o modal ferroviário representa apenas 30% do volume de cargas que circulam nas rotas em que a ALL atua, cabendo o restante para o rodoviário. Nas commodities agrícolas, a participação se eleva para 40%, mas nos produtos industriais cai para 20%. "Aumentamos nossa participação em cinco pontos percentuais em 2004, mas ainda há muito espaço para crescer com a nossa malha atual de 16 mil km", diz Hees, citando como exemplo segmentos que ainda não fazem uso do transporte ferroviário na região, como de refrigerados, autopeças e de carga fracionada.

"O desafio de 2004 foi o de sedimentar a infra-estrutura visando 2005, ano em que projetamos crescimento de 15% no volume de negócios", completou o diretor-presidente da ALL, remetendo à aquisição de 38 novas locomotivas, renovação da frota rodoviária, investimentos em infra-estrutura e em vagões – estes feitos pelos clientes/parceiros. "Nossa frota ganhará este ano 1.300 vagões, como parte de contratos feitos no último trimestre de 2004 com Bunge, Sadia, Seara, CSN e outros", completa.

www.all-logistica.com

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