A Hapag-Lloyd, empresa de logística de origem alemã, divulgou ontem, dia 16 de novembro, os números referentes às suas operações no terceiro trimestre deste ano. Depois da fusão de suas operações com a Compañía Sudamericana de Vapores (CSAV), do Chile, ocorrida em 2014, a empresa se aproximou do mercado sul-americano e pretende intensificar sua atuação também no segmento de transporte marítimo brasileiro.
Com o negócio, a composição da societária da Hapag-Lloyd passou a ser contar com a CSAV, com 31,4%, à cidade de Hamburgo, com 20,6%, à Kuhne Maritime, com 20,2%, ao Tui Group, com 10,6%, e o restante a acionistas menores.
No terceiro trimestre de 2015, a empresa registrou alta no volume transportado, no faturamento e um aumento significativo nos ganhos. Nos primeiros nove meses do ano, o faturamento global aumentou de 1,9 bilhão de euros para 6,8 bilhões de euros, na comparação com o mesmo período do ano passado. “Em 2014 estávamos muito focados na fusão com a CSAV, por isso um resultado tão impactante. Agora, nosso foco será em investimentos, expansão e trade”, diz Rolf Habben Jansen, CEO da Hapag-Lloyd.
O volume de transportes cresceu 28,3%, chegando a cerca de 5,6 milhões de TEUs de janeiro a setembro de 2015. Nos primeiros nove meses do ano, a Hapag-Lloyd atingiu um ebitda de 690,8 milhões de euros, diante dos 178,6 milhões do ano anterior, e um resultado operacional de 348,6 milhões de euros. No ano anterior foram 77,9 milhões de euros. A empresa registrou um lucro líquido de 160,4 milhões de euros, enquanto no ano anterior o lucro foi de 224,0 milhões de euros.
As despesas por TEU caíram US$ 239, passando de US$ 1.350 por TEU para US$ 1.111 nos primeiros nove meses de 2015. A queda aconteceu devido à redução dos preços dos combustíveis e ao declínio do consumo, assim como sinergias relacionadas à integração com a CSAV. Os custos dos serviços adquiridos também caíram US$ 92 por TEU graças ao custo menor de transporte de contêineres, assim como custos reduzidos nos portos e nos terminais, consequências diretas das sinergias e do programa de corte de custos.
A empresa também divulgou que, no dia 6 de novembro, completou a oferta inicial de ações (IPO, sigla para initial public offering), gerando receitas brutas de US$ 300 milhões, que serão investidos em embarcações e contêineres. “Estamos satisfeitos com os nossos resultados para os primeiros nove meses do ano de 2015, especialmente levando em consideração o mercado desafiador”, anailisa Jansen. “O terceiro trimestre provou que a fusão com a CSAV foi um passo acertado e que nossas medidas de redução de custos estão nos fazendo competitivos. Com as receitas do IPO, seremos capazes de investir no futuro para melhorar ainda mais a eficiência e a rentabilidade”, completa.