A LLX, braço logístico Grupo EBX, anunciou o resultado do primeiro trimestre. No período, foram investidos R$ 331 milhões no Superporto do Açu, empreendimento localizado em São João da Barra (RJ). Desde o início do projeto, em 2007, até março deste ano, a unidade recebeu R$ 3,83 bilhões em investimentos.
A verba aplicada este ano foi destinada à construção do terminal onshore – TX2 – dragagem do canal, fornecimento de pedras e caixões para o quebra-mar e cravação de estacas-prancha para a concepção do cais de apoio offshore. Os recursos foram aplicados, ainda, em obras de infraestrutura, como a instalação da linha de transmissão de 345 kV, que conectará o porto ao sistema interligado nacional, e na pavimentação e manutenção de estradas, além de aquisição de terrenos e projetos de engenharia e gerenciamento de obras.
No primeiro trismeste também foram registradas algumas ações para o desenvolvimento do Superporto do Açu, como assinaturas de contratos para instalação de empresas no empreendimento, como a Asco, que irá prestar serviços para a indústria de óleo e gás, e a Wärtsilä, que irá instalar uma unidade industrial no TX2.
Ainda nesse período o Grupo EBX assinou contrato com a BP para a formação de uma companhia para distribuição de combustíveis marítimos, com base no Superporto do Açu, e obteve a licença de instalação para a InterMoor, que está construindo uma unidade de apoio logístico e serviços especializados à indústria de óleo e gás. Outro destaque foi a renovação do financiamento com o Banco Bradesco, no valor de R$ 467,7 milhões, referente ao empréstimo-ponte firmado em maio de 2011. A dívida foi renegociada pelo prazo de 18 meses, com vencimento em outubro de 2014.
Resultados
De janeiro a março deste ano, a LLX apresentou receita líquida de R$ 14,1 milhões, referente ao aluguel da área. As despesas administrativas foram de R$ 34 milhões, contra R$ 38,1 milhões registrados no mesmo período de 2012. O resultado se deve em grande parte ao plano de redimensionamento, incluindo serviços compartilhados.
No período, o resultado financeiro líquido consolidado totalizou R$ 3,2 milhões. As despesas financeiras somaram R$ 10,2 milhões, incluindo pagamentos de juros relativos a empréstimos bancários, que foram compensadas por receita financeira de R$ 13,4 milhões, relativos a aplicações financeiras.
A companhia informa, ainda, que encerrou o primeiro trimestre com um saldo em caixa de R$ 274 milhões, frente aos R$ 482,9 milhões no mesmo período do ano anterior. A conta de depósitos vinculados, que concentra recursos da primeira emissão de debêntures da empresa, ainda não liberados, fechou o mês de março com R$ 490,1 milhões. A redução da posição de caixa é devida ao ritmo de execução das obras do superporto. O prejuízo líquido do período foi de R$ 11,5 milhões, refletindo a fase pré-operacional e de investimentos da companhia.