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Anfir registra queda no começo do ano

Venda de implementos rodoviários apresenta resultado negativo para primeiro bimestre de 2012
Por Redacción el 9 de marzo de 2012 a las 12h23 (atualizado em 14/03/2012 às 11h19)

A Anfir (Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários) registrou queda de 3,23% nas vendas de unidades no período de janeiro e fevereiro de 2012. Foram comercializadas 25.712 unidades contra 26.571 no mesmo período de 2011.

O presidente da Anfir, Rafael Wolf Campos, já havia anunciado essa possível queda devido à redução do acesso ao crédito por meio do BNDES. “Essa queda já era prevista e foi anunciada pela Anfir ao longo de todo o segundo semestre de 2011 como efeito da redução do acesso ao crédito ocorrida em abril do ano passado”, afirma. Na época, a fatia financiável por intermédio do Finame (BNDES) caiu de 100% para 70%, prejudicando assim as vendas de implementos rodoviários.

Enquanto no primeiro quadrimestre (janeiro a abril) de 2011, o ritmo de crescimento indicava que as vendas do segmento carroceria sobre chassi eram 27,95% superiores ao mesmo período de 2010, no segmento semirreboque e reboque o percentual era 13,17%. Na estatística de outubro, o setor já começa a desaquecer, caindo 5% no setor de carroceria sobre chassi e 6,5% no setor de reboque e semirreboque. A queda prosseguiu até o primeiro bimestre de 2012, como mostra o levantamento da Anfir.

O segmento de pesados (reboque e semirreboque) apresentou maior queda, o que significa que nos dois primeiros meses do ano a indústria produziu e entregou 7.376 unidades, contra 7.782 no mesmo período de 2011. Já no segmento de leves, de janeiro a fevereiro desse ano, a queda foi de 2,41%. Isso significa que no período a indústria vendeu 18.336 produtos contra 18.789 produzidos e comercializados no primeiro bimestre de 2011.

Para Campos, a alteração na fatia financiável, ampliando o acesso, deve interromper a queda nos negócios do setor. “O acesso ao crédito é um fator muito importante no desenvolvimento do segmento de bens de capital e o governo precisa estar atento a essa realidade”, afirmou. Assim, qualquer alteração que seja feita poderá ser sentida quase que imediatamente pelo setor por ser uma entidade bastante ligada a vendas com crédito oficial.

Perspectivas

Diante desses fatos, a Anfir estima duas situações possíveis para 2012. Caso a fatia financiável pelo Finame continue em 70%, a entidade calcula que poderá haver uma queda nas vendas do segmento de pesados de aproximadamente 5% com relação aos resultados de 2011. No segmento dos leves, a perspectiva é de que possa haver de 0% a 1% de crescimento, por ser um segmento que sofre menos impacto da restrição ao crédito.

Uma segunda hipótese trabalha em cima do retorno de 100% da parcela financiável via Finame, estimando assim que o segmento dos pesados pede apresentar crescimento em torno de 2 a 3%. O resultado seria a soma do efeito imediato do acesso ao crédito com a demanda reprimida no mercado por implementos rodoviários. Já no segmento dos leves, o crescimento seria mais expressivo, com aproximadamente 10 a 12% de crescimento.

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