Meta da Veloce é faturar R$ 140 milhões em 2010

Com pouco mais de quatro meses de operação, empresa já acumula bons resultados e planeja investir mais de R$ 100 milhões em três anos

Com pouco mais de quatro meses de operação, a Veloce Logística, já estabeleceu o patamar de faturamento esperado para 2010 em R$ 140 milhões. “Esta projeção tem como base os contratos atuais, ainda sem contar os novos negócios que deveremos fechar”, destaca André Perosa, diretor Administrativo e Financeiro, sobre o otimismo da empresa com relação ao potencial de crescimento do mercado.

Como divulgado na edição de agosto da Revista Tecnologística, a Veloce iniciou suas atividades com dez bases operacionais, frota própria de 280 carretas e 300 funcionários diretos. Hoje são 14 bases, sendo nove delas in house, frota própria de 326 carretas e mais 75 agregados, além de 375 funcionários. Ampliará a capacidade de seu CD de 11 mil metros quadrados para 21 mil metros quadrados, em mudança de endereço prevista para dezembro próximo. “Nosso milk run envolve 400 fornecedores, realizamos entre cinco e seis mil viagens mensais dentro do país, e outras mil internacionais no mesmo período”, enumera Paulo Guedes, presidente da companhia, sobre os volumes movimentados.

Entre os contratos absorvidos com a saída da Ryder do Brasil e os que conquistou desde então, a operadora formou uma carteira com clientes de peso como GM, Toyota, Fiat, ZF, Danone, Nestlé, SanCor, e outras grandes empresas. “Estamos com 30 clientes no total, sendo que o serviço in bound realizado para o mercado automotivo representa 90% das nossas atividades hoje”, calcula Guedes, completando que parte da estratégia da Veloce para crescer é equilibrar melhor essa equação, diversificando os segmentos de atuação.

Mas a empresa tem outras cartas na manga: “Estamos preparados para crescer rapidamente por expansão orgânica, mas também através da aquisição de empresas que sejam complementares às nossas operações”, afirma seu presidente. “Estamos prospectando ativamente alguns operadores logísticos e o prazo de fechamento desses contratos só depende das negociações. Nosso objetivo é ganhar escala e entrar em setores que não atuamos ainda”, completa Perosa.

Para suportar a estratégia de crescimento, a companhia planeja investir entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões nos próximos três anos. Criada a partir de uma sociedade entre dois experientes profissionais do mercado logístico e o grupo Pátria Investimentos, a empresa conta não só com sua capacidade operacional, mas também com os aportes e a expertise em aquisições e estruturação de empresas. “Devemos ainda ampliar nossa abrangência inaugurando novas bases no exterior, além das duas unidades argentinas que temos, nas províncias de Zárate e Rosário. Nosso foco se estende sobre todo o continente americano”, destaca Ruy Galvão, diretor de Operações.

Meio Ambiente
“Em algumas das concorrências de que estamos participando já se fazem exigências com relação à medidas ecologicamente responsáveis, e mesmo clientes com os quais já trabalhamos, como a Toyota”, informa Galvão. “Para isso, já estamos em processo de obtenção dos certificados ISSO 9000 e 14000, além de obedecermos aos padrões estabelecidos pelo Protocolo de Kyoto para emissão de poluentes”, destaca o executivo.

O próximo passo é fixar metas de redução para a emissão do gás carbônico pela frota, que mantém uma média de idade de um ano e meio, cobrando o mesmo dos nossos agregados. Segundo o executivo, a Veloce está utilizando biodiesel numa proporção de 5%, e pretende ir aumentando esse percentual gradativamente, conforme o preço deste combustível alternativo for se tornando mais economicamente viável.

www.velocelog.com.br