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Expresso Araçatuba otimista para 2009

Por Redacción el 8 de diciembre de 2008 a las 17h26 (atualizado em 05/05/2011 às 12h05)

No acumulado até novembro, empresa mantém projeção de crescimento anual de 20% em 2008

Apesar da crise financeira e dos números de novembro, em que obteve queda de 30% no geral dos negócios, o Expresso Araçatuba continua otimista para 2009. A empresa pertencente ao Grupo Arex – que engloba ainda a Golden Cargo, especializada em transporte de químicos e produtos perigosos, e a Exata Logística, provedora de soluções logísticas – vem fechando os últimos três anos com crescimento do faturamento na casa dos 20%. Este ano, devido ao mau desempenho do mês de novembro, o acumulado dos 11 meses fechou com crescimento de 19,2% com relação ao ano passado, e a empresa projeta fechar 2008 com um faturamento entre R$ 295 e R$ 300 milhões, segundo declarou o diretor de Vendas do Expresso Araçatuba, Geraldo J.F. Corrêa. Em 2009, a empresa prevê crescer 15%.

Segundo o diretor, a região do país que mais se expande dentro do raio de atuação do Araçatuba é a Norte, para a qual prevê um crescimento de 30% em 2009. Segundo ele, um dos motivos para os bons resultados no geral é a segmentação de mercado, que também ajuda a empresa a manter o equilíbrio, já que os diversos segmentos atendidos não sentem a crise de maneira uniforme. “Assim, o que cresce compensa o que se retrai. Acredito que aquelas empresas que atendem a um só segmento irão sofrer muito mais.”

Ele cita como exemplo disso os resultados do mês de novembro, quando alguns dos segmentos atendidos tiveram queda, como o de autopeças, devido à redução de vendas e produção das montadoras, e o de duas rodas, enquanto outros – como o de confecções e calçados – se mantiveram; alguns chegaram até a crescer, como o setor de cosméticos.

Segundo Corrêa, 2008 foi o ano de investir nas filiais e em renovação e ampliação de frotas. Foram inauguradas quatro grandes filiais – Goiânia, Brasília, Cuiabá, Belém e São Paulo. Já a frota teve crescimento de 10% e renovação de 15%. “Para 2009, vamos manter os investimentos previstos, revendo apenas o que é menos urgente e não impacta nos serviços ao cliente. Vamos investir para aperfeiçoar as filiais, sem inaugurações previstas, e na renovação de frota. Não vamos crescer, mas vamos manter a renovação de 15% que fazemos todos os anos, já que a frota é parte estratégica de nosso negócio”, afirmou, informando que o investimento é de R$ 15 milhões em conjuntos completos cavalo e carreta, a maior parte com recursos próprios e parte com recursos do Finame. A empresa conta hoje com mais de 900 veículos próprios e 3.300 colaboradores diretos e indiretos.

Os recursos programados para os investimentos, segundo ele, já estão em caixa. “Somos uma empresa conservadora, que não trabalha em cima de perspectivas, mas sim do que já tem em carteira. Por este motivo, a crise não nos pegou descapitalizados.”

Do total do faturamento do Araçatuba, 15% vêm das operações com cargas completas e o restante do fracionado. A empresa opera 40 filiais em todo o Brasil e América do Sul, com hubs de consolidação de cargas em São Paulo e em Goiânia.

De acordo com Corrêa, aquisições estão dentro do planejamento 2009-2013 da empresa, mas não devem ocorrer antes de 2010. “As aquisições seriam para atender a áreas geográficas a que ainda não atendemos com a distribuição de cargas, principalmente o Sudeste, onde atualmente apenas fazemos a captação”, explica. Dentro deste planejamento qüinqüenal, a expectativa é de que o Araçatuba fature R$ 680 milhões em 2013, com o Grupo todo chegando à casa do R$ 1 bilhão.

O executivo informou, ainda, que o Expresso Araçatuba está se preparando para uma abertura de capital, com o auxílio da Consultoria PricewaterhouseCoopers, e o processo deve estar concluído dentro de 18 meses. Isto não significa, contudo, que a empresa vá necessariamente abrir o capital, mas pretende estar preparada para uma possível aquisição por um grande investidor. “Por hora, estamos mais para comprar do que para sermos comprados”, brincou o diretor, dizendo que já tem em vista três empresas para aquisição. “É muito difícil você começar a operar em novas regiões sem fazer aquisições. É preciso montar a estrutura, contratar pessoas e conhecer o mercado; leva muito tempo, o que acaba inviabilizando o negócio. Por isso teremos novidades nesta área em 2010.”

Mercado ampliado

O expresso Araçatuba registrou, até outubro de 2008, crescimento nas divisões de cargas aéreas e rodoviário internacional que, juntas, tiveram receita de R$ 34,2 milhões, crescendo 26,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Está nos planos da empresa dar maior autonomia às duas áreas em 2009, com gestão independente da diretoria de Vendas, à qual são hoje ligadas.

A divisão Air Cargo obteve faturamento de R$ 24,5 milhões no período, soma 21,6% superior ao obtido no mesmo período de 2007, sendo responsável por cerca de 10% da receita total do Expresso Araçatuba e pela movimentação de 4,7 mil toneladas para diversos destinos, principalmente para Manaus. E a expectativa é de que este desempenho positivo se repita em 2009. Corrêa credita este bom desempenho a ações que visaram a expansão dos negócios da área, como a reorientação de algumas filiais para operar carga aérea, maior suporte operacional e políticas comerciais mais agressivas, oferecendo aos clientes soluções porta-a-porta completas.

Entre os novos clientes conquistados pela divisão estão nomes como Ambev, Mercedes-Benz e Banco GMB. Os principais segmentos atendidos pela Air Cargo são o farmacêutico, cosmético, eletroeletrônico, telefonia, confecções e peças de reposição.

Já a divisão Internacional Araçatuba foi a que mais se destacou, com crescimento de 40% até outubro em relação aos dez primeiros meses de 2007, faturando R$ 9,7 milhões. Para alavancar o setor, a empresa investiu em infra-estrutura e soube aproveitar o bom momento do mercado internacional vivido em 2008.

Entre os segmentos atendidos pelo internacional figuram o farmacêutico, têxtil, de informática, autopeças, calçados, cosméticos e eletrônico, fazendo tanto a carga completa quanto a fracionada. Entre os mercados atendidos, destaque para o Chile, que apresentou o maior crescimento do ano, com 12% no período contra 7% no ano anterior, a Argentina – o maior mercado, com 43% do volume transportado –, e a Bolívia, com 36%.

www.arex.com.br

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