Empresa prevê crescer 30% e faturar R$ 60 milhões neste ano, o resultado viabilizará investimento em novos serviços em 2009
A Brasilmaxi, representante do setor de transportes e soluções logísticas de armazenagem e distribuição, completou ontem, 30 de setembro, 20 anos de atividades no mercado, e comemora a data com o anúncio do incremento de 30% nos negócios neste ano e faturamento de R$ 60 milhões.
Mas as novidades vão além. “Estamos preparados para iniciar o transporte internacional rodoviário, no primeiro semestre do próximo ano, para o Chile, Argentina, Uruguai e Paraguai. Inicialmente para transportar produtos do setor alimentício e autopeças”, antecipa, com exclusividade, Álvaro Fagundes Jr, gerente de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da Brasilmaxi. Para isso, mais 20 novos veículos serão adquiridos, sem contar a abertura de escritórios nestes locais. “Na Argentina, por exemplo, é possível ainda utilizar os 18 depósitos fiscais localizados no entorno de Buenos Aires”, comenta.
Segundo o executivo, os últimos anos foram desafiadores para a Brasilmaxi, mas as diversas conquistas alcançadas têm permitido à empresa investir continuamente. Neste ano, por exemplo, a empresa realizou uma inversão de capital da ordem de R$ 12 milhões, que foram empregados na abertura de duas novas filiais, em soluções de TI, ampliação e aquisição de armazéns e frota. “Os investimentos maciços em equipamentos e profissionais têm tornado a empresa uma referência em serviços logísticos, transporte e armazenagem e tem possibilitado a ampliação do raio de atuação da empresa”, enfatiza.
E a resposta do mercado tem sido rápida. Para se ter uma idéia, no primeiro trimestre do ano, a empresa teve um aumento de 20% nos negócios em relação ao mesmo período de 2007 – mesmo com os problemas de infra-estrutura logística e a queda do dólar frente ao real nos últimos tempos. “O setor logístico e de comércio exterior passa por um bom momento no Brasil e vai continuar crescendo, apesar da recentíssima crise econômico-financeira nos Estados Unidos, que provocou a desvalorização do real frente à moeda norte-americana e vai reduzir os créditos por aqui”, analisa. Devido a essa conjuntura, o crescimento desenhado pela Brasilmaxi para 2009 deverá se situar em 15%.
Para Fagundes Jr., a tendência nacional é a de que o PIB não vai manter o mesmo nível de crescimento dos dois últimos anos, pois a economia vai se retrair.. “A cada ponto percentual consolidado do PIB, o transporte cresce 3,46%. Então o quadro será alterado e a demanda vai crescer no sentido inverso”, comenta. Ou seja o fluxo de exportações deverá aumentar. Por isso, a criação do serviço Redex da Brasilmaxi, em São Paulo, veio em boa hora.
Ampliação
Para dar maior fôlego à demanda, a empresa investiu neste ano em capacitação física e profissional. A abertura de duas novas unidades, a filial de Vitória, no Espírito Santo, que entrou em funcionamento no mês de agosto e a unidade Itapevi II são exemplos de ampliação das operações. Sem contar o serviço Redex, que está em fase final de construção, na capital São Paulo.
Na capital capixaba, a Brasilmaxi passa a contar com um galpão com 1 mil metros quadrados de área, para realizar, principalmente, o cross-docking e a operação logística de produtos acabados para expedição rápida entre fornecedores e clientes. “Na região de Vitória o foco será operar no transporte de contêineres e de cargas completas, com destaque para importação e também de produtos do mercado local”, comenta Fagundes Jr. A expectativa é a de, em seis meses, dobrar a nossa infra-estrutura local porque Vitória é um mercado estratégico para a Brasilmaxi e tem apresentado crescimento na movimentação de carga.
Em Itapevi (SP), a empresa está implantando a unidade II, em uma nova área de armazenagem de 12 mil metros quadrados, para 15 mil posições-paletes. O local será utilizado para o recebimento de produtos de alto valor agregado, como eletroeletrônicos e itens de varejo, com destaque para o
e-commerce, atendendo à demanda de final de ano da B2W Cia Global de Varejo (fusão entre Americanas.com e Submarino). O outro armazém, de Itapevi, para 10 mil posições-paletes, já está no limite da capacidade. “Vamos diversificar ainda mais os setores atendidos e já estamos em processo de certificação da Anvisa para operar com químicos e alimentos”, comenta Fagundes Jr.
Além disso, a Brasilmaxi está incorporando novos veículos à atual frota de 110 unidades, dos mais variados tipos. Ao todo são 13 cavalos-mecânicos e 32 carretas (15 plataformas e mais entre 17 baús e siders), investimento que chegou a R$ 5 milhões. Além disso, foi adquirida uma reach stacker – por R$ 1,4 milhão – para somar-se aos equipamentos de movimentação da empresa que integram ainda empilhadeiras, muncks e pórticos.
Redex paulistano
Outra iniciativa da Brasilmaxi é o lançamento do Redex (Recinto Especial de Despacho Aduaneiro de Exportação), na capital paulista, cujo diferencial é o fato de estar localizado em um terminal rodo-ferroviário de 75 mil metros quadrados, junto à Estação Bresser – linha da MRS. “Será o único na cidade de São Paulo e entrará em operação até o final do ano. Nossa expectativa é aumentar a movimentação de contêineres em 50%, atingindo 1.200 TEUs por mês”, diz.
De acordo com o executivo, a grande vantagem do Redex Brasilmaxi é poder desembaraçar a carga diretamente do maior pólo econômico do Brasil para seu destino. “Os principais diferenciais para o exportador ao utilizar os serviços do Redex são o desembaraço das cargas e a diminuição na burocracia do processo de comercialização internacional dos produtos. Ao passar pelo Redex, as cargas são desembaraçadas e ficam prontas para o embarque”, explica ele. Com o serviço, a empresa pode oferecer uma economia de frete significativa a seus clientes.
http://www.brasilmaxi.com.br/