Montadora foi líder no mercado brasileiro em vendas de caminhões pesados no ano passado
A Volvo do Brasil conseguiu mais um bom ano no país em 2006, prosseguindo uma seqüência de resultados positivos registrados nos três exercícios anteriores. Com o faturamento de R$ 3 bilhões, a Volvo encerrou o ano passado na liderança do mercado brasileiro de caminhões pesados ao atingir a marca de 5.154 veículos, um resultado 9% superior às 4.724 unidades comercializadas em 2005.
A montadora foi a única fabricante de caminhões pesados no Brasil a experimentar um crescimento em vendas no ano passado. Em todo o país, o setor de pesados alcançou 19,6 mil unidades vendidas em 2006, uma queda de 2,6% em relação ao período anterior, quando as montadoras venderam 20,2 mil veículos desta categoria. Os bons números da Volvo são atribuídos em parte ao lançamento de dois modelos pesados no final de 2005, o VM 310 cavalo mecânico e o VM 6x4, cujo reflexo foi comprovado com a venda de 923 unidades no ano passado.
“O lançamento no ano passado da nova linha de caminhões pesados FH e FM, com motores de 13 litros, também contribuiu para esse desempenho”, completa Tommy Svensson, presidente da Volvo do Brasil. Para o gerente da Linha “F”, Bernardo Fedalto, o baixo consumo de combustível dos veículos Volvo foi ainda fundamental para garantir os bons resultados de vendas.
Em 2006, o Brasil manteve a posição de terceiro maior mercado de caminhões de todo o grupo, atrás dos EUA e da França, atingindo a marca de 6.105 unidades acima de 15 toneladas comercializadas. “2006 foi um ano difícil para a economia brasileira, mas ótimo para nós”, afirma Svensson.
Ampliação de investimentos
A Volvo do Brasil aumentará os já anunciados investimentos no Brasil de US$ 75 milhões para US$ 110 milhões até 2008 nos negócios de caminhões e ônibus. Os recursos são para a atualização da linha de produtos e melhorias no parque fabril, mas o presidente da Volvo não fornece mais detalhes dos segmentos em que o montante será aplicado.
A Volvo produz caminhões e ônibus em Curitiba, equipamentos de construção em Pederneiras (SP) e comercializa motores marítimos e industriais. Há 30 anos no Brasil, a empresa é a base da marca na América do Sul e prevê a exportação de mais de três mil cabines para outros mercados em 2007. Os bons negócios no exterior incluem ainda o prosseguimento da exportação de blocos de motores para a subsidiária do grupo nos EUA, até então abastecida pela matriz na Suécia, cujo início se deu no final de 2006.
Fedalto estima um crescimento dos negócios Volvo no Brasil em 2007 de 5 a 10% e um dos responsáveis por este incremento poderia estar no aquecimento do mercado de caminhões acima de 40 toneladas, destinados principalmente ao segmento canavieiro. “Uma encomenda hoje, por exemplo, seria entregue somente no mês de maio ou junho”, exemplifica o gerente. Em relação ao mercado externo, as flutuações no câmbio não devem ser vistas, segundo ele, como um obstáculo: “Não adianta ficar discutindo o câmbio, mas sim temos que procurar ser mais produtivos. Assim, podemos baixar os custos e melhorar os fluxos a fim de manter os níveis de exportação, que representa 40% do nosso negócio”.