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MRS Logística tem melhor semestre da história

Por Redacción el 2 de agosto de 2006 a las 16h46 (atualizado em 28/04/2011 às 10h11)

Concessionária apresentou aumento de atividade em todos os segmentos


A MRS Logística, concessionária ferroviária da Malha Sudeste, que abrange os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, registrou lucro líquido de R$ 212,9 milhões no acumulado dos seis primeiros meses de 2006, com aumento de 9% na receita líquida com relação ao primeiro semestre de 2005, atingindo R$ 885,4 milhões, o melhor resultado semestral já apresentado pela companhia. Os números relativos ao segundo trimestre também são positivos: com lucro líquido de 114 milhões, 16,3% acima do resultado apurado nos três primeiros meses do ano, e receita líquida de R$ 474,1 milhões, com crescimento de 15,2% em comparação ao primeiro trimestre.

A empresa apresentou crescimento em todos os segmentos em que atua, transportando de abril a junho 27,9 milhões de toneladas, com aumento de 11,9% em comparação aos três primeiros meses do ano. No semestre, o acumulado foi de 52,9 milhões de toneladas, 1% acima do mesmo período de 2005.

Mesmo com a perda de volume de transporte de minério de ferro causada pelo acidente nos altos-fornos da CSN, as operações com este produto apresentaram aumento de volume, bem como o carvão e o coque, produtos siderúrgicos, cimento, bauxita e produtos agrícolas, com destaque para o açúcar. Foi assinado um contrato com o Consórcio das Mineradoras da Serra Azul para movimentação de cerca de 1 milhão de toneladas anuais de minério de ferro, válido até 2008.

No segmento de produtos siderúrgicos, a MRS apresentou crescimento de 17% no segundo trimestre, transportando 1,9 milhão de toneladas. O complexo soja e farelo registrou, de abril a junho, crescimento de 80% com relação ao mesmo período de 2005, com volume de mais de 260 mil toneladas transportadas.

Sempre comparando com 2005, o transporte de contêineres aumentou 11% no semestre, registrando 59.570 TEUs (contêineres de 20 pés), contra 53.846 unidades registradas em 2005. De acordo com Júlio Fontana Neto, presidente da Ferrovia, os contêineres são um dos focos da empresa, e neste segmento ela transporta vários tipos de produtos, como autopeças, químicos, eletroeletrônicos e minerais nobres, entre outros, atingindo praticamente todos os ramos da indústria. “No ano passado, crescemos mais de 30% no transporte de contêineres e este aumento tem sido constante, refletindo ao mesmo tempo uma necessidade da indústria e maior confiabilidade nos serviços”, afirma Fontana.

Segundo ele, os transit-times só não são menores devido ao problema da travessia de São Paulo, com fluxos compartilhados com os trens urbanos da CPTM, com horários pré-definidos, o que reduz a flexibilidade. “Mesmo assim, temos na região da Grande São Paulo Estendida (que vai até Campinas) um transit-time de 24 horas”.

Este crescimento mostra o acerto da estratégia da companhia de investir nas rotas expressas ferroviárias. Hoje, são cinco principais: a Santos (SP) – Vale do Paraíba (SP); Santos – Jundiaí (SP) Santos – Campinas (SP); Rio de Janeiro/Sepetiba – Belo Horizonte; e Rio de Janeiro/Sepetiba – Vale do Paraíba. Clientes com operações ligadas diretamente à navegação de cabotagem contribuíram significativamente para este crescimento, principalmente o setor de eletrônicos.

Ferroanel

De acordo com Julio Fontana, o problema da travessia da capital paulista só será resolvido com a construção do Ferroanel, um contorno ferroviário cuja realização ainda depende de decisões como as formas de financiamento da obra. “As discussões estão adiantadas e, provavelmente, até o final do ano teremos uma sinalização mais completa. Mas vai sair com certeza. Esse é o maior gargalo ferroviário do Brasil e tem que ser resolvido. Os estudos e projetos estão bastante adiantados, inclusive na parte ambiental”. Ele acredita que, tendo a definição da parte financeira, a obra se completa em cerca de dois anos.

Segundo o presidente, o Ferroanel possibilitaria a MRS “multiplicar por 10 o crescimento do segmento de contêineres, atingindo de forma definitiva o interior de São Paulo, principalmente regiões como São Carlos, que concentram indústrias importantes, como a de aviação e autopeças”.

Investimentos

No segundo trimestre, a MRS investiu R$ 151 milhões, totalizando R$ 220,3 milhões no acumulado do semestre. Um dos investimentos é no Siaco – Sistema Integrado de Automação e Controle da Operação, que deverá estar concluído em 2008.

A concessionária também tem investido fortemente na construção e ampliação de terminais. Está finalizando um terminal em Belo Horizonte e também tem projetos em andamento em Santos, na Grande São Paulo e no Rio de Janeiro, onde, de acordo com Fontana, o terminal existente já está próximo de atingir sua capacidade máxima.

Equipamentos são outro item que tem merecido a atenção da ferrovia. “A MRS está investindo R$ 650 milhões de reais para dotar a empresa de capacidade para o transporte de 200 milhões de toneladas até 2010”, informou Fontana. De acordo com ele, estão sendo adquiridos cerca de 500 vagões para produtos a granel, além de 500 locomotivas, 20 das quais, da marca GE, previstas para chegar em setembro. Outros investimentos são em pátios, tecnologia e equipamentos para manutenção da via permanente.

Segundo o presidente, os vagões têm sido comprados da indústria nacional, que tem suprido a demanda a contento. Já as locomotivas e trilhos são importados, uma vez que não há indústria nacional.

Com relação à expansão da malha, outra necessidade, ela esbarra nas limitações do projeto de concessão. “Isto não está previsto nos contratos, que são um monopólio geográfico. Ou seja, para crescer, tenho que entrar na área de domínio de outra concessionária, o que é complicado. Mas isto é algo que acabará sendo discutido futuramente”, finalizou o executivo.

www.mrs.com.br

 

 


 

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