A Randon, empresa fabricante de implementos, registrou uma receita bruta total, com impostos e antes da consolidação, de R$ 984,2 milhões no segundo trimestre de 2016. O resultado é 3,1% inferior ao valor observado no mesmo trimestre de 2015, de R$ 1 bilhão. Já no primeiro semestre de 2016, a receita bruta somou R$ 2 bilhões, retração de 0,3% no comparativo com o mesmo período de 2015.
A receita líquida consolidada foi de R$ 696,8 milhões no segundo trimestre deste ano, uma redução de 5,2% no comparativo com abril, maio e junho de 2015, e nos seis primeiros meses de 2016 a receita líquida consolidada totalizou R$ 1,4 bilhão, registrando estabilidade quando comparada ao mesmo período de 2015.
As vendas consolidadas para o mercado externo somaram US$ 42 milhões no segundo trimestre, acréscimo de 10,9%, em relação ao mesmo trimestre de 2015, com US$ 37,9 milhões. Segundo a própria empresa, embora desafiador, o primeiro semestre de 2016 marcou uma nova trajetória nos negócios, que foram reforçados com maior rigor na gestão de custos mais eficiência e níveis de geração de caixa sendo restabelecidos.
As adequações foram necessárias devido ao tamanho do mercado atual. O setor de semirreboques está enfrentando um ano de queda nos volumes de produção e vendas, amargando reduções próximas a 20%. Porém, o cenário de retração está dando lugar a uma maior estabilidade nos pedidos. Foram vendidas 2.696 unidades no segundo trimestre de 2016, contra 2.633 unidades no mesmo trimestre do ano anterior. O market share no período também foi superior ao de 2015, em 25,6%, atingindo uma participação de 28,2%.
Na contramão dos demais segmentos, o setor ferroviário vem apresentando sinais positivos, permitindo que a Randon mantenha a produção de vagões em bons níveis. O segundo trimestre registrou a entrega de 429 unidades, um crescimento de 12,3% em relação ao mesmo período de 2015. A carteira de produtos para o próximo trimestre já está definida, e novas negociações estão em andamento.
“A recuperação de mercado deverá ser lenta e gradual, mas a companhia está pronta para aproveitar o avanço da economia a fim de reestabelecer os resultados esperados por acionistas e pelo mercado em geral”, afirma o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Randon, Geraldo Santa Catharina. O executivo acredita que o mercado de caminhões aos poucos sinaliza manutenção nos volumes e que uma retomada será possível tão logo o setor adquira confiança na economia e na política. “No entanto, 2016 já pode ser considerado o pior dos últimos 15 anos”, destaca.