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Novo diretor da Gefco para o Mercosul aposta no comércio intra-regional

Operadora francesa espera faturar 150 milhões de euros na região até 2010, com novas filiais
Por Redacción el 9 de octubre de 2006 a las 16h23 (atualizado em 18/08/2011 às 10h36)
A Gefco – operadora logística francesa pertencente ao grupo PSA – apresentou no início de outubro sua nova diretoria-geral para o Mercosul, englobando as operações de Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Venezuela. A partir de agora, a Gefco passa a ter um único executivo responsável por toda a região, cargo sob a responsabilidade de Abel Lamé. O novo diretor-geral substitui assim a Jean-Noël Gerard, que esteve à frente da Gefco Brasil desde a sua inauguração, há seis anos, e agora retorna para a matriz na França; e Dominique Smith, responsável pelas operações na Argentina, que assume a filial de Portugal. Lamé afirmou que a nomeação de uma pessoa para olhar por toda a região representa – ao contrário do que possa parecer – uma aposta muito forte da empresa, que, segundo ele, continua vendo o Brasil como motor da economia regional. Lamé explica que, com a nova organização, a empresa pretende aproveitar melhor as sinergias existentes entre Brasil e Argentina a princípio, e depois entre os demais países em que a empresa pretende ter negócios. A Gefco tem a intenção de abrir, já em 2007, representações comerciais no Uruguai e no Chile. “A meta é mesmo aproveitar melhor as sinergias, o que é dificultado com administrações separadas para cada país. Nossa visão é clara: uma região, uma rede, uma equipe. Mas a área operacional continuará independente”, garante. A Gefco espera um aumento de negócios intra-regionais, passando nos próximos anos dos atuais 110 milhões de euros de faturamento para 150 milhões de euros até 2010, o que representa um crescimento entre 50% e 60% ao ano. Para sustentá-lo, aposta em segmentos estratégicos fora do automotivo, como o cosmético, no qual já atende a L’Oréal, e o farmacêutico, no qual tem como cliente a Novartis. Ela pretende aumentar os negócios tanto no segmento de transporte quanto no de logística industrial. Atualmente, a empresa presta serviços que incluem transportes aéreo, rodoviário e marítimo; logística, armazenagem, distribuição e desembaraço aduaneiro. Ela opera por meio de três divisões operacionais: Automotive, de transporte de veículos e logística; Network – transporte terrestre de frete; e Supply, que engloba transporte marítimo e aéreo internacional. Entraves Para Lamé, acostumado às condições de comércio da Europa, já que atuou nas filiais da Gefco em Portugal, na Escandinávia, Inglaterra e França e, por outra empresa, na Alemanha e Polônia, um dos grandes entraves ao comércio da região são as aduanas, muito lentas e burocráticas, dificultando o comércio ágil entre países. “Sei que este é um problema que não é só nosso, é de todos. Mas acredito que governo e empresas deveriam unir esforços para agilizar os processos aduaneiros, que dificultam o crescimento dos países”, afirmou, dizendo que o problema é comum ao Brasil e Argentina. Outro problema apontado é a baixa capacidade dos portos e a pouca oferta no aéreo, modais em que a Gefco opera em larga escala no restante do mundo. “Na Europa, operamos muito a cabotagem, que aqui ainda é limitada, e também no aéreo. Acredito que a crise da Varig repercutiu na ponta logística, aumentando custos e tempos”. Para ele, essas são questões a que o país deve dar atenção se quiser ser um player internacional de peso e não perder competitividade. “A indústria – em especial a automotiva – é cada vez mais dependente do comércio internacional não apenas para escoar produtos acabados, mas para receber peças dos fornecedores. É claro que elas levam em conta as condições da infra-estrutura local na hora de direcionar seus investimentos. E isto tem influência direta nos negócios da Gefco”, ressalta. Para ele, o Mercosul é um sonho possível e um bom caminho para a região, mas precisa de maior integração entre os países para que o comércio se desenvolva com mais facilidade e lucratividade. Ele disse acompanhar com interesse o processo eleitoral e espera que os novos governos do Brasil e Argentina – que tem eleições presidenciais em 2007 – entendam a importância destas questões para o desenvolvimento regional. A Gefco está presente no Mercosul desde 1999, quando abriu as filiais do Brasil e da Argentina. Aqui, a empresa cobre toda a região Sudeste com 13 filiais nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, além do Paraná, com cerca de 400 clientes em setores como o automotivo, aeronáutico, de cosméticos e farmacêutico, entre outros. Está prevista a abertura de quatro novas filiais em 2007, em locais ainda não especificados. Na Argentina, opera oito filiais nas cidades de Buenos Aires, Córdoba, Mendoza e Santa Fé, com cerca de 250 clientes. Nos dois países, a empresa iniciou as atividades prestando serviços logísticos às plantas da Peugeot-Citröen, também do Grupo PSA. Mas hoje cerca de 30% dos clientes Mercosul são de fora do grupo PSA e a expectativa é de um crescimento de mais de 65% em clientes fora do Grupo em 2007 em relação a 2006. Em 2005, a Gefco faturou globalmente três bilhões de euros, com margem operacional de 145 milhões de euros. www.gefco.com.br
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