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ALL cresce no mercado boliviano

Por Redacción el 30 de octubre de 2007 a las 16h59 (atualizado em 26/04/2011 às 15h29)

Operador logístico dobrou movimentação para o país vizinho, índice registrado no último mês de setembro

A América Latina Logística (ALL) informa que dobrou a movimentação para a Bolívia, passando de 7,5 mil toneladas por mês no primeiro semestre de 2006 para 15 mil toneladas em setembro deste ano. O transporte das cargas industrializadas conta com uma estrutura intermodal – há a integração do transporte ferroviário com o rodoviário – que visa disponibilizar as mercadorias no país vizinho após serem embarcadas nas composições no Terminal Intermodal de Bauru (SP). E a meta para o final do ano já está traçada: alcançar 20 mil toneladas/mês no fluxo.

A operação consiste na captação da carga diretamente na planta dos clientes, utilizando o modal rodoviário, para serem transportadas até o terminal da cidade paulista. Lá, a carga é transferida e segue por ferrovia até a fronteira com a Bolívia. Todo o trâmite alfandegário é realizado pela própria operadora logística. A entrada dos vagões na Bolívia é realizada em parceria com a Ferrovia Oriental, que os retira em Corumbá (MS) e os leva até Quijarro, na Bolívia. Somente no Brasil, são percorridos 1.300 km e o tempo de viagem completo da carga é de uma semana.

O gerente de negócios industrializados da ALL, Bruno Lino, demonstra a alteração operacional promovida pela companhia. “A diferença entre o serviço realizado anteriormente e o nosso é que nós captamos a carga do cliente em qualquer local. Oferecemos a logística do transporte rodoviário até Bauru, quando a carga é colocada em vagões e segue para a Bolívia”, explica.

A captação de produtos para retorno da Bolívia para o Brasil também faz parte da estratégia. Neste caso, a empresa também fornece todo suporte logístico, levando, inclusive, a carga até o terminal do cliente. Hoje, no caminho contrário, são transportadas duas mil toneladas/mês.

Lino informa que os principais produtos transportados são os siderúrgicos e bens de consumo na ida e minério boliviano na volta. O executivo faz uma ressalva. “Estamos abertos ao transporte de praticamente todo o tipo de cargas. Para isso, possuímos um Centro de Projetos de Vagões, com pessoal qualificado para desenvolver ativos para o transporte de qualquer tipo de produto”, diz.

Investimentos

Para aumentar os índices transportados, a ALL investiu em tecnologia, manutenção da via permanente, além de destinar verbas para a reforma de vagões e locomotivas. Para este ano estão previstos investimentos de  R$ 550 milhões em toda a malha. Serão recuperadas 40 locomotivas e 1.800 vagões da frota desativada da antiga Brasil Ferrovias Ferroban, Ferronorte e Novoeste – , além da troca de 20 mil toneladas de trilhos e instalação de 340 detectores de descarrilamento. De junho a dezembro do ano passado, a empresa investiu R$ 120 milhões no trecho.

Algumas ações já estão definidas. Até o final de 2007, 130 mil dormentes serão trocados na malha entre Bauru e Corumbá. Além disso, também serão efetuados serviços como nivelamento das linhas e colocação de lastro (pedra britada). Para 2008, a previsão a é de que sejam substituídos os trilhos de grande parte do trecho, além da troca de outros 130 mil dormentes.

As locomotivas também foram modernizadas. A companhia instalou computadores de bordo, o que permite maior controle e segurança na condução. Em tecnologia, serão investidos neste ano cerca de R$ 14 milhões, a serem empregados na implementação e instalação da segunda versão do computador de bordo de locomotiva (CBL) e do translogic, do sistema de via permanente e do centro de controle de pátios, em 20 novos pátios.

Os investimentos já apresentam os primeiros resultados. Números divulgados pela companhia dão conta que, quando a ALL adquiriu o controle da Brasil Ferrovias, no final de maio de 2006, eram registrados cerca de 170 acidentes para cada milhão de quilômetro percorrido pelo trem. Hoje, este índice caiu para 45.

www.all-logistica.com

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