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GLP reafirma confiança na evolução do mercado

Companhia apresentou novas estruturas e irá manter ritmo de crescimento
Por Redacción el 13 de abril de 2015 a las 11h41 (atualizado em 22/11/2015 às 23h06)

A Global Logistic Properties (GLP), voltada ao fornecimento de estruturas logísticas e dona de um portfólio que fechou 2014 com 29 milhões de metros quadrados, presente na China, Brasil, Japão e agora também nos Estados Unidos, reafirmou sua confiança no mercado brasileiro. Para o CEO da empresa, Mauro Dias, este é um mercado relativamente novo aqui, mas o modelo adotado pela companhia faz muito sentido em nossa realidade.

“Quando se fala em infraestrutura logística, se pensa logo em portos, terminais e ativos voltados à exportação. Só que existe também a logística interna, com um mercado de 200 milhões de habitantes que precisa ser atendido adequadamente. Isto, somado ao crescimento do comércio eletrônico, coloca uma série de oportunidades para nós”, afirma o CEO. Além desses fatores, a questão da segurança é outro quesito que leva as empresas a buscar os condomínios.

Para Dias, os novos negócios fechados pela empresa têm demonstrado que, mesmo com um ambiente econômico não muito positivo, o setor ainda tem muita oportunidade. “É na hora da crise que as empresas levam mais em consideração ao aumento da eficiência. Quando o mercado cresce muito, não há tempo para repensar a atividade. Quando ele arrefece um pouco, vem a oportunidade de parar, refletir e otimizar as operações. Além do que, num momento de crise, só faz sentido investir em algo que faça realmente diferença na operação logística, o que tem nos beneficiado, já que ofertamos um produto Best-in-Class em termos de estrutura logística”, coloca.

O executivo conta que tem sentido a tendência, por parte dos usuários, de otimização e consolidação, com as antigas unidades menores dando lugar a áreas maiores. “Por isso que, mesmo ofertando também pequenos galpões, temos visto uma demanda muito maior por grandes áreas”, conta.

A GLP possui projetos em andamento e outros já prontos para locação, tendo fechado recentemente alguns novos contratos. Dias destacou a operação da farmacêutica Sanofi no GLP Guarulhos (SP) e outra da Sequoia no GLP Embu, também na Grande São Paulo. “Isto demonstra que as empresas continuam investindo em otimização”.

Para o executivo, este mercado ainda está longe da saturação no Brasil e o que muda é a velocidade de absorção da área. “Como nós construímos à frente da demanda, a decisão fica muito mais fácil para os clientes. Anteriormente, não havia oferta e o cliente que precisasse de uma área logística teria de achar uma construtora e fazer do zero. Para ter customização, ele teria de assinar um contrato longo, de 15 a 20 anos, com alto risco. Esta é uma situação muito diferente do que vemos agora, em que o usuário já encontra o galpão praticamente pronto e com a possibilidade de adaptação às suas necessidades específicas. Por exemplo, a Sanofi precisava de área climatizada. Como fechamos o contrato ainda durante a construção, estamos fazendo o investimento na climatização para ela”.

O CEO informou que o mercado brasileiro tem absorvido cerca de um milhão de metros quadrados por ano e que a tendência é de que esta metragem se mantenha mesmo na crise, pelos motivos já citados. Para dar um exemplo do potencial do nosso mercado, ele afirma que, hoje, o país possui em torno de 110 milhões de m2 de estoque total de área logística, dos quais cerca de 20 milhões de m2 podem ser considerados padrão Classe A, ou Best-in-Class. “Apenas a área de Chicago, nos Estados Unidos, possui um estoque de 110 milhões de m2. Isto dá uma ideia do quanto ainda podemos crescer no Brasil”, reforça.

Portfólio em expansão

A GLP conta hoje no país com 3,4 milhões de m2 de área total, sendo 2,4 milhões de m2 concluídos e 1,1 milhão de m2 de projetos em andamento, devendo entregar em 2015 cerca de 170 mil m2. A companhia está presente em 35 cidades de 11 estados, com maior concentração nos grandes polos de consumo, como São Paulo e Rio de Janeiro, que concentram 88% dos empreendimentos. “Mas temos também projetos no Sul e temos olhado para outros grandes centros, como Belo Horizonte e algumas localidades do Nordeste”.

A empresa concluiu recentemente unidades em Gravataí, da Região Metropolitana de Porto Alegre, com dois galpões, sendo um totalmente locado e outro com 22 mil m2 disponíveis. Outro empreendimento é em Guarulhos, na Grande São Paulo, um parque logístico próximo ao Aeroporto Internacional, com 16 galpões e área total de 456 mil m2, dos quais 153 mil m2 estão entregues e 100% locados. A segunda fase das obras deverá estar concluída ao final deste segundo trimestre. O empreendimento tem como diferencial um viaduto próprio e a proximidade com o futuro trecho Leste do Rodoanel.

Já o GLP Ribeirão Preto, na Rodovia Anhanguera, no interior paulista, tem dois galpões já 100% ocupados e dois disponíveis, com 28 mil m2, dentro de uma área total construída de 61.200 m2. Ainda no interior paulista, mais próximo da capital e no polo de tecnologia, está o GLP Campinas, com quatro galpões disponíveis, totalizando uma área de 56 mil m2 para ocupação imediata e 180.500 m2 após o término das obras.

Além de gestora dos empreendimentos, a GLP é também investidora, com 40% do fundo que a compõe, formado ainda pela GIC – o fundo soberano de Cingapura –, e o fundo de pensões canadense CPPIB. A empresa tem suas ações listadas na Bolsa de Cingapura. Em fevereiro deste ano, ela começou a atuar dos Estados Unidos, adquirindo em parceira com o GIC um portfólio de 11 milhões de m2 em centros estratégicos do território americano.

“Temos tido amplo suporte de nossos investidores para continuar seguindo com nosso plano de crescimento aqui no Brasil. Nosso volume de investimento é de R$ 600 milhões por ano, e em nossa plataforma de ativos no Brasil temos já R$ 7 bilhões de reais, entre unidades performadas e em construção”, ressaltou Dias.

Atualmente, ente os grandes clientes da empresa no país está o setor de bens de consumo, com o de autopeças e o farmacêutico crescendo bastante também. Além deles, Dias destaca o segmento de e-commerce, que segundo ele já representa 20% da área locada da empresa no Brasil e cresce bem acima do varejo tradicional, o que cria novas necessidades em termos de giro, localização e acesso. “Meu galpão é a loja do e-commerce”, afirma, e vai além. “Mesmo o varejo tradicional está migrando de hipermercados para áreas menores, de bairro, mais próximas do consumidor, o que também muda o perfil da área logística. Todos esses movimentos fazem com que a demanda cresça mesmo num momento de crise. Por isso, frente ao atual momento do mercado, estamos cautelosos sim, mas ao mesmo tempo otimistas com as perspectivas”.

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