A JSL, empresa de logística do Brasil, está prestes a lançar uma ferramenta inovadora que tem o potencial de revolucionar a logística do país, conhecida por operar com uma alta taxa de ociosidade de cerca de 30%. Apelidada de "Torre de Controle", essa nova aplicação tem como objetivo conectar a demanda por transporte de carga das grandes indústrias à vasta rede de 1,6 milhão de caminhoneiros autônomos, combatendo ineficiências que encarecem o serviço, como o "retorno vazio" e o tempo de espera entre trabalhos.
A Torre de Controle da JSL será uma versão aprimorada do Truckpad, uma startup que se tornou conhecida como o "Uber dos caminhões" ao criar um sistema de intermediação de fretes no Brasil. Em 2022, diante da falta de liquidez no mercado de venture capital, a JSL adquiriu a Truckpad pelo valor de sua dívida, que era de R$ 10 milhões.
Ramon Alcaraz, CEO da JSL, comenta que a aquisição da Truckpad acelerou o projeto de criação de uma plataforma para digitalizar a logística. Ele observa que o setor logístico ainda é altamente analógico e cheio de ineficiências.
Enquanto a Truckpad e outras empresas desenvolveram aplicativos semelhantes para conectar oferta e demanda no setor de transporte, a nova plataforma da JSL busca uma integração mais profunda com os sistemas das empresas que necessitam de serviços logísticos. A ideia é que, no futuro, essa integração ocorra de maneira totalmente automatizada.
O maior desafio da JSL é garantir que o aplicativo tenha ampla adoção. Segundo Ramon, a plataforma só será bem-sucedida se conseguir atrair os 1,6 milhão de caminhoneiros autônomos. Além disso, a empresa enfrenta obstáculos do lado das indústrias, que precisam permitir a integração de seus sistemas com a Torre de Controle.
A Torre de Controle está programada para entrar em operação no início do próximo ano, já com contratos estabelecidos com algumas indústrias que já são clientes da JSL. A JSL, atualmente avaliada em R$ 2,5 bilhões na Bolsa de Valores e com uma receita bruta anual que caminha para os R$ 10 bilhões, detém 3% do mercado logístico do Brasil.
*Com informações do jornal O Globo.
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