Durante o seminário realizado pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), em Brasília (DF), na manhã desta quarta-feira (12), a diretora executiva adjunta da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Fernanda Rezende, citou as malhas de transporte no país como o principal desafio do setor de logística. Para ela, as malhas não estão bem distribuídas pelo Brasil e não estão adequadas às necessidades do segmento.
"Nós somos um país rodoviário, então a maioria das entregas são feitas através desta modalidade, e hoje somente 12% da nossa malha rodoviária é pavimentada. Isso corresponde a cerca de 200 mil quilômetros de malha pavimenta", afirma Rezende.
Com isso, a diretora executiva adjunta da CNT avalia que a conjuntura dificulta uma operação eficiente das empresas de logística na tentativa de reduzir os prazos de entrega em pequenos centros urbanos.
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O cenário não é muito diferente quando o assunto é a qualidade das rodovias. De acordo com Fernanda Rezende, a CNT monitora anualmente 100% das rodovias federais e parte das extensões das rodovias estaduais.
"A CNT percorre cerca de 110 mil quilômetros de malhas pavimentadas. [...] E o resultado que a gente encontrou na última edição é que 66% dessas rodovias estão em estado regular, ruim ou péssimo. Ou seja, tem algum problema no pavimento, geometria da via, e tem ausência ou insuficiência de sinalização, e isso gera custos para o transportador", pontua.
A CNT ainda estima que apenas as deficiências no pavimento causem um custo operacional 33% maior para os transportadores que atuam com entregas em pequenos centros urbanos.