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Mais do que nunca, é preciso otimizar os custos das frotas

Por Eduardo Canicoba el 27 de abril de 2023 a las 11h31
Eduardo Canicoba

O preço dos combustíveis no Brasil sofreu diversas alterações nos últimos meses. Se no final do ano passado os valores caíram devido ao período eleitoral, no início do mês, o governo federal anunciou um reajuste no preço dos combustíveis, que chegou recentemente ao maior valor nominal desde 2004. Essa variação é preocupante para o setor de transportes, especialmente para o gestor de frotas, que tem como desafio garantir que a operação seja rentável, sem renunciar a eficiência e segurança dos veículos, motoristas, pessoas e cargas transportadas, e pode implicar no uso de recursos de tecnologia para mitigar custos desnecessários.

Lidar com essas oscilações é um desafio, por isso, muitas empresas estão olhando com atenção para as novas possibilidades que a tecnologia oferece. De acordo com a Pesquisa de Inovação Semestral (PINTEC), realizada pelo IBGE em dezembro de 2022, cerca de 70% das organizações de diferentes setores entrevistadas no Brasil investiram em inovações tecnológicas em 2021 e 58,4% pretendem expandir seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento em 2023.

Na gestão de frotas, algumas estratégias eficientes para manter as despesas sob controle envolvem monitorar o consumo de combustível, otimizar rotas com inteligência de dados, investir em manutenção preventiva, acompanhar o comportamento dos motoristas nas rodovias e automatizar processos manuais.

Para implementar essas ações, a  tecnologia baseada em telemática pode ser uma grande aliada, garantindo o controle dessas e de outras informações em tempo real com relatórios personalizáveis.  Segundo estimativa da Mckinsey & Company, o volume de dados gerados por veículos, que tem crescido devido à maior conectividade entre eles, serão cada vez mais indispensáveis para a obtenção de lucros e redução de despesas, podendo somar um valor de US$750 bilhões até 2030.

A telemática pode ser definida como um um método de monitoramento de veículos que utiliza a tecnologia GPS e o diagnóstico a bordo (OBD) para medir e registrar com precisão diversos aspectos do veículo e do comportamento do motorista. Na rotina das frotas, fornece dados e métricas relevantes ​​para que os gestores obtenham um melhor entendimento sobre as operações diárias, sendo possível acompanhar registros além daqueles obtidos a partir da telemetria.
Quando as rotas são planejadas e executadas de maneira eficiente, por exemplo, é possível reduzir o tempo de deslocamento, diminuir o consumo de combustível, evitar danos nos veículos, e garantir a entrega de produtos ou serviços dentro dos prazos.

Dados de Inteligência Artificial (IA), GPS e outros sensores dos veículos são capazes de criar mapas de calor e identificar padrões de tráfego. Assim, com essas informações, é possível identificar rotas mais eficientes e com menor tráfego, o que reduz o tempo de viagem e o consumo de combustível.

A manutenção preventiva é outra estratégia importante para controlar os custos, e consiste em realizar ações de manutenção em um equipamento ou veículo antes que ele apresente falhas ou problemas que possam afetar sua operação. Para colocá-la em prática, é necessário acompanhar regularmente o estado dos veículos e registrar ações de melhorias e datas em que foram realizadas para que se tenha um planejamento completo.

Com o uso da telemática, é possível obter relatórios específicos com todas essas informações, otimizando tempo para que o gestor de frota consiga se dedicar à estratégia de negócios. O que antes levava tempo e times inteiros dedicados a coletar dados manualmente, agora é simplificado, mais rápido e com menor margem para erros.

Além disso, a ampla gama de dados aos quais a telemática dá acesso traz os insights necessários para aprimorar a gestão. Com isso, o dinheiro economizado com a ajuda da tecnologia e da otimização dos processos pode ser redirecionado para áreas de negócios mais valiosas, como desenvolvimento de produtos, operações e recursos humanos ou treinamento.

*Eduardo Canicoba é vice-presidente da Geotab para o Brasil. 

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