O nearshore, muito utilizado na área de tecnologia, é a nova aposta da Asia Shipping para crescer na América Latina. A estratégia consiste na terceirização de serviços em países estrangeiros com características comuns ao país da empresa contratante, tais como proximidade geográfica, fuso horário e cultura.
Para Rafael Dantas, diretor de Vendas da Asia Shipping, essa é uma grande tendência para o ano, devido a pandemia que fez com que vários players repensassem a logística internacional, por causa dos desafios enfrentados pela cadeia como a falta de insumos, contêineres e espaços nos navios, culminando com o aumento dos fretes, que agora retomam patamares anteriores à crise sanitária.
"A dependência exclusiva da China como o principal fornecedor provocou questionamentos e reacendeu a pauta de nearshore como forma de evitar a quebra da cadeia logística e garantir preços mais competitivos. Acredito que será uma grande oportunidade para a Índia, México e Sudeste Asiático. O Brasil também pode vir a ser um candidato a hub regional, desde que promova mudanças em infraestrutura, tributação e redução da burocracia", afirma.
LEIA TAMBÉM: Asia Shipping é líder no trade da Índia para a América Latina
Atualmente, a empresa lidera o comércio de importações de contêineres cheios da Ásia para a América do Sul. No ano passado, foram movimentados aproximadamente 110 mil TEUs. No período de janeiro a outubro de 2022, as exportações marítimas gerenciadas pela Asia Shipping subiram 40%, mesmo com a retração do mercado, como aponta o último levantamento da Datamar. Segundo a consultoria, as exportações brasileiras de contêineres caíram 4,6% em relação a 2021. No último trimestre do ano passado, o país enviou ao exterior 10% menos contêineres do que no mesmo período de 2021.