O Porto Ponta do Félix, localizado em Antonina (PR), finalizou, na última segunda-feira, dia 24 de outubro, a segunda reexportação de fertilizantes. Nessa operação, foram reexportadas 23,4 mil toneladas do produto. A carga, que estava armazenada em um recinto alfandegado no terminal desde o dia 16 de junho, veio da Jordânia e foi enviada para a Turquia.
No dia 22 de setembro já haviam sido reexportadas 17 mil toneladas do insumo com destino aos Estados Unidos. Ao todo, as duas operações somam 40,4 mil toneladas no sistema de reexportação para outros países.
As operações são inéditas no Porto Ponta do Félix. Devido ao grande volume do produto que foi importado pelo Brasil para garantir a safra, bem como a queda registrada nas últimas semanas nos preços dos fertilizantes, principalmente fósforo e potássio, a reexportação vem sendo uma estratégia encontrada pelo setor.
“O fato da carga estar em um recinto alfandegado permitiu ao trader, mesmo estando em solo brasileiro, a renegociação e reexportação do produto com a nacionalidade de origem”, explica o presidente do Porto Ponta do Félix, Gilberto Birkhan. Nesse caso o fertilizante fica na área de armazenagem, mas permanece em propriedade do exportador, sem que tenha sido importado e nacionalizado. “Ou seja, é como se a carga não tivesse entrado em solo brasileiro. O recinto alfandegado é considerado uma zona neutra, comum em portos para efeito de comércio exterior. Isso aumenta a flexibilidade na comercialização, incluindo essa modalidade de reexportação, sem a incidência de tributos nacionais”, relata Birkhan.