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Veículos pesados fabricados a partir de 2022 reduzem, em média, 95% das emissões, revela CNT

Estudo da Confederação Nacional do Transporte aponta que a renovação da frota de caminhões pode gerar grandes ganhos ambientais e econômicos
Por Redação em 14 de outubro de 2024 às 8h27
Veículos pesados fabricados a partir de 2022 reduzem, em média, 95% das emissões, revela CNT
Foto: Divulgação/Volvo
Foto: Divulgação/Volvo

Caminhões fabricados a partir de 2022 reduzem em 95,4% as emissões de gases poluentes e em 98,3% a emissão de material particulado, quando comparados a veículos produzidos até 1999, segundo um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT). No entanto, os veículos mais modernos (fase P8 do Proconve) representam apenas 4,9% da frota em circulação no Brasil.

O relatório faz parte da nova edição da Série Transporte em Foco e analisa os cenários de renovação da frota de caminhões pesados, destacando os benefícios ambientais e os recursos financeiros necessários para essa transição. Segundo a CNT, uma das alternativas para viabilizar essa mudança seria escalonar os investimentos, substituindo gradualmente os caminhões mais antigos por veículos com tecnologias mais avançadas.

Impacto financeiro e ambiental
A substituição de caminhões anteriores à fase P1 poderia retirar de circulação 152.491 veículos, o que representaria um investimento de R$ 104,82 bilhões. Já a renovação da frota correspondente à fase P5 exigiria R$ 266,61 bilhões. Para substituir toda a frota até a fase P7, seria necessário um investimento de R$ 1,16 trilhão, com o custo reduzido para R$ 845,58 bilhões, caso o estoque de caminhões usados fosse vendido.

O estudo também aponta que 54,9% da frota cadastrada no RNTRC tem mais de 13 anos, o que demandaria R$ 529,54 bilhões para renovação, considerando a venda de veículos usados. No entanto, há uma disparidade significativa entre transportadores autônomos, que possuem apenas 12,8% de sua frota com as tecnologias mais recentes, e as empresas de transporte de carga, que concentram 68,2% de seus veículos nas fases P7 e P8.

Políticas públicas e renovação de frota
A CNT destaca a necessidade de políticas públicas que incentivem a renovação da frota de maneira escalonada e promovam equidade nos incentivos entre autônomos e empresas. Entre as propostas sugeridas estão:

- Incentivos financeiros claros e acessíveis;
- Redução de impostos para veículos mais modernos;
- Parcerias estratégicas para estudos sobre o tema;
- Promoção da economia circular através da reciclagem automotiva.

A renovação da frota é vista como essencial para reduzir as emissões de poluentes e garantir um transporte rodoviário mais sustentável, responsável por grande parte do transporte de cargas e passageiros no país.

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