A UPS anunciou os resultados da edição 2017 do estudo Índice de Exportação da América Latina Business Monitor (BMEI). O trabalho tem como foco o comportamento de compra de pequenas e médias empresas (PMEs), segmento que representa mais de 90% das empresas da América Latina. Além disso, o BMEI revela insights sobre importadores com o objetivo de ajudar os exportadores a vender e fornecer produtos para esse setor em crescimento.
Os insights incluem os métodos preferidos do importador para avaliar e entrar em contato com novos fornecedores, os critérios que eles usam para comprar produtos e fatores na cadeia de suprimentos que influenciam suas decisões de compra. “O estudo BMEI fornecerá aos importadores e exportadores uma compreensão mais profunda da dinâmica de compras das PMEs. O setor nas Américas está desempenhando um papel significativo no crescimento econômico da região e no comércio global”, afirma José Acosta, presidente de Public Affairs da UPS na Região das Américas.
O BMEI de 2017, realizado em conjunto com a RGX Global Export Network, entrevistou 2.170 importadores das indústrias manufatureira, automotiva, de vestuário e high tech, visando descobrir os fatores que influenciam no comportamento de compra sobre os produtos estes que adquirem. Ao analisar com profundidade as tendências de compra dos importadores de PMEs, os exportadores podem adaptar suas estratégias de abordagem para explorar os mercados atuais e novos. Os nove países incluídos na pesquisa são Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, México, Panamá, Peru e Estados Unidos.
De acordo com o estudo deste ano, 47% dos importadores estão à procura de novos fornecedores internacionais, o que sugere que há uma oportunidade para os exportadores encontrarem novos compradores. Feiras industriais e feiras comerciais foram citadas como os canais mais usados para encontrar novos fornecedores por 28% dos entrevistados, seguidas por missões comerciais, com 21%.
Na região, 21% dos entrevistados indicaram que esperam que possíveis fornecedores entrem em contato com eles, o que reflete uma oportunidade para os exportadores proativos apresentarem propostas de negócios focadas e bem pesquisadas via e-mail ou telefone. Os importadores brasileiros são os mais proativos na busca de novos fornecedores, com apenas 5% indicando que não contatam novos fornecedores, mas esperam ser contatados. Os importadores nos Estados Unidos foram os menos proativos, com um em cada três indicando que não contatam fornecedores.
O Brasil é também o mercado com a maior porcentagem de importadores (15%) que indicaram portais B2B e mercados de e-commerce como o canal on-line preferencial para contatar novos fornecedores. Os importadores das regiões pesquisadas indicaram que os dois principais fatores que influenciam a sua decisão de compra são qualidade (97%) e preço (87%), seguidos de serviços do vendedor, como flexibilidade em termos de pagamento e pós-vendas.
No segmento de vestuário, os exportadores que procuram novos mercados para serem desenvolvidos devem considerar os Estados Unidos, a Costa Rica e o Chile. Esses países tiveram a porcentagem mais elevada dos entrevistados que procuram por novos fornecedores. Para o setor automotivo, a Colômbia e a Costa Rica têm a maior porcentagem de importadores à procura de novos fornecedores. Já o setor high tech tem o maior nível de atividade de compras on-line. Isso é explicado pela preferência dos importadores por pesquisas on-line para procurar novos fornecedores, o elevado número de entrevistados que completam as compras totalmente on-line (50%), bem como o uso mais frequente e variado de ferramentas promocionais on-line.
Esse setor no Brasil mostrou uma propensão para importação de 48%, comparado com 54% nos Estados Unidos. De todos os importadores do segmento high tech pesquisados no Brasil, cerca de 60% compram on-line, o que indica a importância das estratégias on-line para atrair e reter novos clientes.