A fabricante retomou a produção de equipamentos para movimentação e armazenagem para ambientes sujeitos a explosão
As indústrias e empresas que operam com produtos inflamáveis já têm no Brasil a possibilidade de encomendar equipamentos de movimentação e armazenagem da linha EX, como empilhadeiras, guinchos, transpaleteiras e outros com blindagens especiais, específicos para ambientes sujeitos à explosão.
No passado, a Skam já fazia estes equipamentos, porém, devido à baixa demanda, resolveu descontinuar a produção. Segundo Maks Behar, presidente da Skam, os pedidos eram raros e as certificações acabaram prescrevendo, fato que desestimulou a fabricante a continuar a produção. “Decidimos voltar a produzir equipamentos blindados agora porque identificamos um reaquecimento neste mercado”, comenta.
Para isso, a empresa teve que reiniciar todo o processo de testes das máquinas para obter a certificação do Inmetro. “Ao todo foram seis meses de trabalho junto às autarquias para conquistarmos todos os certificados exigidos e para produzirmos os equipamentos EX, específicos para operar em ambientes hostis e sujeitos à explosão”, justifica Behar.
“São pedidos muito pontuais e personalizados porque cada segmento de mercado possui um ambiente operacional muito específico”, comenta Luiz Gallo, gerente Comercial da Skam.
Os equipamentos da linha EX possuem motor e painel de controle acondicionado em caixa blindada, acelerador e tomada de bateria à prova de explosão e até mesmo o chassi fabricado com ligas especiais e revestimento de bronze, para evitar que uma pequena faísca provoque uma explosão.
Segundo o executivo, a Skam possui uma linha de montagem capaz de atender 20 pedidos por mês. Já está em curso a produção de empilhadeiras para as indústrias química, petroquímica e de outros setores, como a Rhodia, a Eucatex e outras. Embora o volume de pedidos ainda seja insignificante como negócio, em torno de 5%, a Skam está otimista em crescer 20% até o ano próximo.
A maioria dos equipamentos blindados utilizados aqui no país geralmente é importada e a diferença de custos em relação aos convencionais chega a custar 55% mais, devido à matéria-prima utilizada na produção. “A produção nacional tende a baratear significativamente os custos. Mas por outro lado também são mais duráveis e toda a manutenção pode ser feita com peças intercambiáveis comenta Gallo”. A Skam pode desenvolver estes produtos para a agroindústria, petróleo e gás, eletroeletrônicos, produtos perigosos entre outros.