O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) anunciou, na última segunda-feira, 6 de outubro, um plano de investimentos de R$ 1,1 bilhão.
O programa está ligado à aprovação por parte da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), concedida dia 2 de outubro, da proposta de renovação antecipada do contrato de arrendamento do TCP por mais 25 anos a partir de 2024, nos termos do novo marco regulatório do setor portuário.
Na primeira fase, que irá até 2018, a companhia investirá R$ 540 milhões na ampliação e adequação do terminal, incluindo a expansão do cais de atracação, que ganhará mais 220 metros, passando a contar com 1.099 m de extensão. Além disso, serão construídos dolphins exclusivos para a atracação de navios que fazem o transporte de veículos e ampliada a retroárea do terminal, que hoje conta com 320 mil m² e, após as obras, disponibilizará 500 mil m².
Ao final das melhorias, o TCP ampliará sua capacidade operacionais dos atuais 1,5 milhão de TEUs para 2,5 milhões de TEUs e estará preparado para o crescimento da demanda de exportações e importações em sua área de abrangência – Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina e Paraguai – pelos próximos 35 anos.
De acordo com o CEO do TCP, Luiz Antonio Alves, nos últimos anos foram investidos R$ 365 milhões na ampliação e modernização do TCP, praticamente dobrando sua capacidade para 1,5 milhão de TEUs e incrementando a produtividade. Com isso, completa o executivo, além de oferecer melhores serviços para exportadores e importadores, o terminal se preparou para suportar o crescimento da demanda até 2024. “Com os novos investimentos estamos indo um passo além, nos adiantando às tendências do mercado de transporte de cargas, onde os navios são cada vez maiores”, diz.
Com a ampliação do cais, o TCP estará apto a receber, simultaneamente, até três dos maiores navios que fazem o comércio internacional. “Em dois anos fizemos a produtividade do TCP crescer 150%, atingindo a média de 85 movimentos por hora. Com o novo projeto, queremos ampliar ainda mais nossa produtividade, uma vez que isto representa melhores serviços e custos menores para os usuários do terminal”, reforça.
Além dos investimentos nos próximos três anos, o terminal também assumiu compromisso de investir mais R$ 550 milhões em manutenção e substituição de ativos nos próximos 35 anos. “São recursos que têm como objetivo manter o TCP constantemente atualizado para atender às necessidades do setor produtivo em um mercado extremamente exigente e disputado”, explica.
Concessão
A renovação antecipada da concessão dos terminais públicos de uso privado está prevista na nova Lei dos Portos, 12.815 que entrou em vigor em 2013 substituindo a Lei 8.630, de 1993. Além do TCP, outros 45 terminais apresentaram propostas de renovação antecipada para a Antaq. Com o aval da autarquia, a proposta do TCP segue para análise, aprovação e assinatura final por parte da Secretária Especial de Portos (SEP) da Presidência da República.