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Porto de Santos licita sistema de monitoramento de tráfego

Por Redação em 13 de outubro de 2010 às 11h32 (atualizado em 13/04/2011 às 10h55)

Empresa vencedora construirá torres de controle e realizará a manutenção das estruturas

A Companhia Docas do estado de São Paulo (Codesp) informa que a licitação do VTMIS, sigla de Vessel Traffic Management Information System – em português, Sistema de Gerenciamento e Monitoramento de Tráfego de Navios –, passa por mais uma etapa neste mês de outubro com a abertura das propostas dos participantes da concorrência. Os envelopes com as propostas serão abertos no próximo dia 15 de outubro.

Ao todo, o projeto de implantação do VTMIS, que tem a previsão para estar concluído até o final de 2011, demandará investimentos de R$ 15 milhões, pagos com recursos próprios da Codesp.

No Porto de Santos, o VTMIS será composto por quatro torres de monitoração e uma central de processamento e supervisão dos dados obtidos pelas torres. O sistema auxiliará no controle de tráfego de embarcações, pois tornará mais segura a espera de navios nas áreas de fundeio e mais eficiente a movimentação e atracação de embarcações no porto. Esses recursos serão integrados à gestão de segurança da Supervia Eletrônica de Dados e ISPS Code.

A empresa vencedora da licitação deverá construir as instalações da central e as torres, além de implementar o sistema no período de um ano. Esta companhia será responsável, ainda, pela manutenção do VTMIS por dois anos e pelo treinamento dos operadores da central.
As quatro torres serão instaladas em pontos estratégicos do porto, como a ilha da Moela, a ponta de Itaipu, os arredores da Dow Química (na entrada do canal) e a ilha Barnabé. Estas áreas foram escolhidas por oferecerem segurança aos equipamentos e por possibilitarem cobertura de todo o estuário, com uma área de varredura que vai da área de fundeio ao Terminal Marítimo da Usiminas.

A central do VTMIS terá uma antena VHF para comunicação com as embarcações e receberá dados das torres de monitoramento, de uma estação meteorológica e de um marégrafo. A estação meteorológica servirá para monitoração de intempéries e o marégrafo para identificar os movimentos de preamar (maré alta) e baixa-mar no canal. Assim, os operadores da central poderão estimar de forma mais precisa a profundidade de cada berço do cais e auxiliar os navios no momento da atracação.

As torres abastecerão a central com dados sobre a localização e movimentação de embarcações. Cada uma terá um radar, uma câmera inteligente e um transponder AIS (Automatic Identification System, Sistema de Identificação Automática) para a coleta destes dados. Este último, é um dos equipamentos mais importantes da torre: ele recebe sinais enviados obrigatoriamente pelos navios. Com esse contato, a central visualiza a posição, a velocidade e o número de registro do navio numa carta de navegação eletrônica, exibida num monitor – seu movimento é acompanhado em tempo real.

Como a maior parte dos barcos pequenos não emite sinais de transponder, a tarefa do radar será identificar estas embarcações menores – até o limite até 1,5 metro de comprimento. A câmera inteligente apontará automaticamente para o alvo localizado pelo radar. Isso aumentará a segurança na área de fundeio. O diretor de Planejamento Estratégico e Controle da Codesp, Renato Barco, ressalta a importância da ferramenta. “Imagine uma pequena embarcação chegando perto de um navio que esteja fundeado, o radar detecta, a câmera mira o local e, com isso, pode ser evitado um assalto. Isso é um ganho de segurança fantástico, de extrema relevância para o porto, diz.

Para o presidente da companhia, José Roberto Serra, o VTMIS será um avanço significativo na gestão do fluxo de embarcações, na proteção dos usuários do porto e na manutenção da segurança, eficiência e regularidade das atividades portuárias. “Esta é mais uma das iniciativas fundamentais para a Codesp consolidar seu papel de Autoridade Portuária e se adequar à demanda projetada de crescimento. É um sistema muito avançado tecnologicamente, que permitirá controlar, de forma eficiente, a entrada e saída de navios no porto, principalmente com a conclusão dos serviços de aprofundamento e alargamento do canal de navegação. Esse sistema é essencial para Santos, que opera quase seis mil embarcações por ano, pois disponibiliza informações que servem não só para o tráfego dentro do canal de navegação, mas também, para controle de questões ambientais e apoio em situações de emergência”, salienta.

www.portodesantos.com

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