A última semana de novembro marcou uma data importante para a multinacional do transporte de contêineres, Hapag-Lloyd. A empresa batizou, em uma grande cerimônia no Porto de Santos, litoral de São Paulo, o último navio de uma frota de cinco embarcações recentemente adquiridas. O “Santos Express” já está pronto para percorrer os mares e engrossa as possibilidades de entrega da empresa.
Não é à toa que a embarcação é considerada, segundo a empresa, a maior navegando em águas brasileiras. São cerca de 119 mil toneladas de peso bruto, 333,2 metros de comprimento por 48,24 de altura e uma capacidade para até 10 mil contêineres. “Esse navio vai incrementar nosso portfólio de serviços, já que vamos passar a atender mais locais. Nossa companhia tem feito um grande esforço para colocar os navios mais modernos nos locais mais importantes, e o Brasil com certeza é um desses lugares”, conta Nils Haupt, diretor de Comunicação Corporativa da Hapag-Lloyd.
Haupt ainda explicou que o “Santos Express” possui alguns diferenciais específicos para sua atuação no Brasil e na América Latina. “O canal do Panamá, por exemplo, passou por uma reforma recentemente e nós desenvolvemos esse navio exclusivamente para esse percurso, já que é um canal mais estreito.”, diz o diretor, ainda contando que foram investidos 100 milhões de dólares em cada um dos cinco navios comprados pela empresa.
Nos últimos três anos a Hapag Lloyd passou por uma série de processos que aumentou sua produção de forma exponencial. Em 2014 foi concluída uma fusão coma Chilena Compañía Sud Americana de Vapores ( CSAV ), quando a empresa atingiu a quarta colocação entre as maiores transportadoras marítimas do mundo. Em 2017, outra fusão e outro crescimento: a Hapag Lloyd uniu as forças com a United Arab Shipping Company (UASC), controlada pelo Catar, incluindo mais 60 embarcações em seu portfólio.
Outro fator especificamente desenvolvido para o “Santos Express” é uma grande capacidade para contêineres refrigerados, segundo o vice-presidente da Hapag-Lloyd, Juan Pablo Richards, um dos mercados mais fortes no Brasil. . “Esse navio tem 2.100 tomadas para contêineres refrigerados, hoje uma das movimentações mais intensas no país. Estamos com boas expectativas para o Brasil. Apesar do PIB ter caído nos últimos anos, o transporte marítimo só cresceu, e acreditamos que o próximo ano tende a melhorar mais ainda”, conclui.