A AmstedMaxion anunciou, no mês de novembro, o desenvolvimento do protótipo de um composto ferroviário pentarticulado destinado ao transporte de contêineres. Batizado de Pentamax, o equipamento faz parte da linha de vagões Amax que a Amsted disponibiliza ao mercado brasileiro.
O Pentamax, que utiliza tecnologia da Greenbrier, fornecedora norte-americana de equipamentos de transporte e serviços para o setor ferroviário, é composto por cinco vagões double-stack articulados, desenvolvidos para transportar contêineres empilhados de 20' e 40'. “Estamos trabalhando em um projeto conjunto, moderno e diferenciado, que atenderá às exigências da malha ferroviária nacional de bitola 1,60m”, conta o diretor de Engenharia Avançada da AmstedMaxion, Paulo Maurício Furtado Rosa.
Os vagões possuem estrutura e componentes especiais para garantir a estabilidade, uma vez que carregados com os contêineres apresentarão altura final de seis metros em relação ao nível dos trilhos. O projeto possui seis truques com suspensões especialmente desenvolvidas por computador – por meio de simulações dinâmicas contínuas –, elementos estabilizadores laterais de contato constante e rodeiros com adaptadores radiais. O sistema de choque e tração terá atuação diferenciada para o vagão vazio e carregado e os freios serão montados diretamente nos truques, aumentando significativamente sua eficiência e segurança em serviço.
O Pentamax está sendo desenvolvido para atender às necessidades da operadora multimodal Contrail, criada em 2010 por meio de uma parceria entre a Estação da Luz Participações (EDLP) e a MRS Logística. A Contrail desenvolveu um modelo logístico que contempla a implantação do Terminal Intermodal Porto de Santos (TIPS), localizado na Baixada Santista, no litoral de São Paulo. O espaço contará com 300 mil m² de área e apresentará capacidade para movimentar até 1,2 milhão de TEUs por ano.
Rosa explica que a operação que contará com o Pentamax inclui trechos de condições extremas de circulação, como a descida da cremalheira entre São Paulo e Santos. “Não há operação similar a esta no mundo, já que este trecho da MRS possui uma inclinação de 10%”, completa o executivo.